sexta-feira, 23 de março de 2012



Postado por Jana Bruxa







Esse nome nos persegue, não sei se por maldição ou por encanto...

Acho mais que é por encanto.

Por isso....:

Voe!

A alma liberta sonhos vãos!

Busque a alegria, viva intensamente!

Ouse, grande arauto, voar sempre mais alto, admirando a beleza de tudo o que foi criado, perseguindo o sonho, seu verdadeiro aliado, reunindo forças para o salto.

Revele toda a sua essência sem demora,

como também és sol...

Renasça com a aurora.

O despertar de uma bruxa é especial:

- abra os olhos

- espreguice-se como um gato, vagarosamente

- sinta o calor e a maciez das cobertas

- agradeça a dádiva de um novo dia

- não saia correndo como se participasse de uma maratona

- primeiro, lave o rosto, sinta a maciez do sabonete.

Olhe-se no espelho, olhe para você e não para seus cabelos, pés de galinha ou o formato do nariz que não lhe agrada...

Diga "bom dia" para a mulher que está na sua frente, sentindo-se uma vitoriosa.

Olhe profundamente nos seus olhos e diga que você é uma bruxa, uma mulher inteligente e capaz.

Sorria para a imagem que está à sua frente.

Acordem, bruxas, o planeta precisa de vocês!
Não tenham medo, a era das fogueiras acabou!


A BRUXARIA
   A bruxaria é um dos caminhos entre o mundo visível e o mundo oculto, que esta além do alcance dos cinco sentidos dos seres humanos. Para entrar nesse caminho, precisamos aprender a desenvolver o dom, do sexto sentido que nada mais é do que a força da nossa mente subconsciente.
   Primeiro devemos entender que todas as pessoas possuem o dom do sexto sentido, só que a maioria não sabe como controlá-lo de acordo com a própria vontade.
   Esse poder funciona constantemente, controlando os movimentos involuntários do nosso corpo, gravando todos os nossos pensamentos, registrando todas as nossas experiências e, realizando, todos os nossos desejos, sejam eles de consequências negativas ou positivas.
   A força do subconsciente pode tanto abençoar como destruir a vida de um indivíduo. Essa força constrói o nosso caminho incansavelmente de acordo com nosso pensamentos e palavras diárias. É a força mais poderosa e tam bém a mais misteriosa do ser humano.
   Quando uma bruxa termina de fazer um feitiço, deve sempre encerrar com a seguinte frase: "Que o feitiço funcione sem prejudicar ninguém. Que assim seja". Se não refletirmos essa idéia, o nosso desejo poderá se realizar sim, porém poderá afetar qualquer pessoa, inclusive nós mesmas.
   A bruxaria inclui práticas de meditações, rituais e feitiços bem elaborados que, através de poderosos simbolismos permeiam pelas profundezas do nosso subconsciente, dominando-o de uma forma correta, sadia e agradável. Além disso, extraímos a nossa sabedoria, através do respeito a todas as manifestações de vida, da harmonia com a natureza que nos cerca, da crença que atribuimos aos povos antigos e da fé que atribuímos em relação ao nosso próprio poder.
É preciso redescobrir, aceitar, gosta e controlar o nosso próprio poder.


   Introdução A Wicca Cia das Bruxas é um Coven e destina-se ao ensino da Antiga Religião e ao resgate das tradições de nossos antepassados, utilizando a Magia e a Sabedoria da Natureza, juntamente com a ajuda de seres divinos, para a cura do homem e da Terra.


   A religião Wicca é de cunho xamânico e não cultua as forças do mal. Busca o desenvolvimento e harmonização pessoal com os ciclos da Natureza. Acredita em duas deidades: masculina e feminina, cultuados nas fases da Lua e nas estações do ano. Seu principal dogma é fazer o que quiser sem prejudicar ninguém.


As 13 metas da Wicca

1. Conhecer a si mesmo.
2. Saber a sua arte.
3. Aprender e buscar conhecimento sempre.
4. Usar o que você aprendeu corretamente.
5. Manter o balanço (equilíbrio) de todas as coisas.
6. Manter suas palavras verdadeiras.
7. Manter seus pensamentos verdadeiros.
8. Celebrar a vida.
9. Alinhar você mesmo com os ciclos da Terra.
10. Manter seu corpo saudável e forte.
11. Exercitar seu corpo, sua mente e seu espírito.
12. Meditar, relaxar e se controlar.
13. Honrar a Deusa e o Deus em todos os momentos.


O Caçador-Guerreiro






   Os primeiros clãs humanos sobreviveram graças, em grande parte, aos caçadores e guerreiros da tribo. Caçava-se o gamo, que fornecia alimento, agasalho e instrumentos confeccionados com cifres e cascos. O alce se tornou um símbolo de provisões, e na sua natureza de líder e protetor da manada, os caçadores primitivos identificaram algo do próprio clã. A rivalidade entre os alces pelas fêmeas era, em muitos aspectos, simbólica das paixões com que os próprios homens lutavam. Entre os gamos, o homem primitivo vislumbrou seus próprios instintos sexuais e de liderança unidos no fervor da caçada (atualmente, diversos esportes suprem essa importante função social nos homens). Ao observar os alces afastando os predadores com golpes de suas galhadas, o homem aprendeu como utilizar a lança. Da íntima relação entre o caçador e a caça, surgiu uma certa reverência e identidade espiritual. Os homens foram provavelmente os primeiros a sigilar conceitos, o rastro de um animal passou a simbolizar esse animal; ver esse símbolo significava a possibilidade de ver o próprio animal (o protótipo da evocação). Ao reverter o processo, cria-se o símbolo e, portanto, cria-se a possibilidade de ver o animal a ele associado. Dessa associação primitiva surgiu o pensamento mágico, e vemos que os antigos entalhes e pinturas rupestres visavam evocar a presença de vários animais de caça.Em tempos remotos, o membro mais valente e mais forte do clã assumia uma posição elevada no culto do caçador-guerreiro, assim como o grande alce entre seu harém de fêmeas. Esses eram os atributos mais importantes para assegurar sucesso na caça e na luta. Trajando peles e os chifres de sua presa, o poder primitivo passava e seu espírito e ele se tornavam o Mestre dos Animais, Senhor da Floresta. Um dos mais interessantes aspectos dos Mistérios do Caçador-Guerreiro concerne aos códigos de conduta formada numa sociedade basicamente violenta. À medida que o homem se tornava menos bárbaro, estabelecia várias regras, principalmente relacionadas às lutas. Incluem-se aqui regras acerca do tratamento dispensado aos prisioneiros, quando um inimigo desarmado podia ou não ser morto, e assim por diante. Tal código de honra pessoal tornou-se a pedra fundamental das sociedades masculinas.Um homem que fosse respeitado por sua capacidade física e suas habilidades em combate perderia rapidamente o respeito dos demais se demonstrasse falta de honra. Isso assinalou um período no qual o homem interior era mias importante do que o exterior. Um exemplo moderno seria o herói do esporte que demonstra pouco espírito esportivo em campo. A verdadeira força de um homem não está em sua força física, mas em seu controle pessoal. Saber quando não empregar seus atributos físicos (direta ou indiretamente) é a marca de um homem de honra. Exemplos disso são a violência física e psicológica a crianças e mulheres.Atualmente é comum ver os homens como um patriarcado maligno que nada mais fez além de erradicar os antigos cultos da Deusa, e que continua a subjugar conscientemente as mulheres. Contudo, isso não reflete a duradoura tradição dos Mistérios Masculinos, e os homens geralmente demonstram um sacrifício impessoal por outros, especialmente os oprimidos e todos aqueles que não são capazes de se defender. O melhor exemplo é o código de cavalheirismo assumido por um cavaleiro. Apesar da opinião moderna de certos grupos políticos, o verdadeiro homem não oprime ou abusa das mulheres. É, no entanto, natural aos homens competir e manter papéis de liderança social, um fruto dos antigos impulsos que originaram os primeiros cultos ao Caçador-Guerreiro.O combate é uma experiência que, apesar não ser exclusiva ao homem, é vivida por uma porcentagem muito maior de homens do que de mulheres. Na sociedade moderna, é um período no qual os homens podem chorar e se abraçar sem a desaprovação social. No combate, os homens voluntariamente sacrificam suas vidas pela de um amigo, na defesa de usa nação ou de seus princípios e crenças. Essa é a verdadeira nobreza do homem, surgida de seu eu interior em meio ao caos e o medo. Entretanto, também é verdade que na guerra são cometidas atrocidades, e também isso tem origem na natureza humana. É importante compreender que não se trata de comportamento instintivo; é a manifestação de ódio, preconceito, frustração e vingança. Deve ser cuidada e cultivada, ao contrário dos traços nobres que são inerentes a nossas almas.Há uma certa especulação sobre os sentimentos de raiva e ressentimento com relação às mulheres, que teriam surgido nas sociedades patriarcais durante a transição de caçador-coletor para agrícola. Foram às mulheres que estabeleceram o mito do Deus Sacrificado envolvendo os homens. As antigas formas divinas do Mestre dos Animais e Senhor da Floresta deram lugar aos deuses com pés de bode e Senhores da Colheita. As mulheres mantiveram as estruturas religiosas, organizando e dirigindo a vida doméstica das pessoas da aldeia, e os homens começaram a trabalhar nos campos. Onde antes o homem era o grande caçador, agora ele caminhava por entre canteiros, plantando sementes. Onde antes ele arremessava sua lança contra a presa, agora rasgava a terra com seu cajado.Alguns historiadores e arqueólogos crêem que bandos de guerreiros nômades saíram em cruzada contra os cultos matrifocais, numa tentativa de destruí-los (uma teoria amplamente refletida na obra de Marija Gimbutas). É mais provável que as tribos patriarcais simplesmente tenham se expandido em regiões mantidas por sociedades matrifocais como conseqüência de alterações climáticas, crises de fome e/ou falta de caça. Seria o caso dos indo-europeus, conhecidos como belicosos, e que simplesmente apanhavam aquilo que desejavam e necessitavam, dominando toda e qualquer resistência por meio da espada. É pouco provável que as sociedades matrifocais não possuíssem armas ou a habilidade de utilizá-las quando necessário, mas no fim elas acabaram por não ser páreo para os exércitos invasores, e sua cultura foi absorvida pelos conquistadores. Os conceitos e ícones religiosos dos vencidos foram substituídos pelos dos vencedores, pois, segundo uma antiga lógica, os deuses que propiciam a vitória devem ser mais poderosos do que os que permitem a derrota.


Mistérios Masculinos





   Para os primitivos povos caçadores, os animais selvagens eram manifestações do desconhecido. A fonte de perigo e sobrevivência foi associada psicologicamente à tarefa de compartilhar o mundo silvestre com esses seres. Ocorreu uma identificação inconsciente, que se manifestou nos míticos totens meio humanos, meio animais das antigas tribos. Os animais tornaram-se tutores da humanidade. Através de imitações, as naturezas separadas de humanos e animais foram derrubados e criou-se a União. O mesmo é verdade acerca das posteriores comunidades agrícolas, as quais viram os ciclos de vida e morte dos humanos refletidos nos ciclos das colheitas.

   Os Mistérios Masculinos surgiram do culto matrifocal do período neolítico. Baseiam-se na formação de cultos de caçadores e guerreiros necessários à sobrevivência do clã como um todo. Esses subcultos não sofreram influência das mulheres do clã, que permaneciam nas aldeias enquanto os homens estavam longe, caçando ou lutando contra inimigos. Eram períodos nos quais os homens estavam as sós e juntos, longe das responsabilidades da comunidade familiar ou da aldeia. Assim, livres das restrições da estrutura social estabelecida pelas mulheres, os homens desenvolveram uma subcultura própria, refletindo seus desejos e necessidades exclusivamente masculinos.A Tradição Misteriosa Masculina pode ser dividida em até quatro categorias: o Caçador-Guerreiro, o Sátiro, o Rei Divino-Deus Sacrificado e o Herói. Esses mistérios associados aos homens resumem bem os aspectos da mentalidade e do comportamento masculinos. Assim, podemos separar a maioria dos homens em uma ou mais das categorias acima. Como ocorre com todas as generalizações (e estereótipos), esse aspecto comportamental ou de mentalidade não se aplicam a todos os indivíduos.Iniciações envolvendo teste de bravura, força física, resistência ou tolerância à dor eram aspectos de iniciação nos antigos cultos masculinos. Eram traços essenciais para a sociedade masculina. Principalmente em razão do fato de que a caça de animais era perigosa, os inimigos eram comuns, as lutas inevitáveis e os ferimentos físicos esperados. Assim, no início da puberdade, quando os hormônios magicamente transformam garotos em homens, tinha início os primeiros ritos de masculinidade.O primeiro passo nessa iniciação transformativa era encontrar-se com o Monstro (o que quer que isso represente a uma certa comunidade). Há uma antiga lenda que envolve um clã cuja aldeia estava sujeita aos horríveis sons de um monstro habitando nos bosques ao redor. Somente os guerreiros/caçadores abandonavam a segurança da aldeia, e mesmo assim armados até os dentes. Os restantes ouviam amedrontados os sons da incrível criatura. Os homens geralmente voltavam trazendo descrições apavorantes desse perigoso monstro.Quando um garoto atingia a puberdade, ele devia seguir os homens pelos bosques e encarar a criatura. Durante a jornada, os homens gradualmente desapareciam entre as árvores sem serem percebidos, até que o garoto ficasse na companhia de apenas deles, seu iniciador. Quando se aproximavam do local de onde emanavam os sons, o garoto recebia uma lança; a seguir o homem apanhava-o pelo braço e, bradando um grito de guerra, corria impelindo o garoto rumo à clareira para atacar a criatura. No centro da clareira, um homem soprava um enorme chifre de onde emanavam os horríveis urros do monstro. O garoto havia então matado o monstro de sua infância e se tornara um homem.Era prático dos Mistérios Masculinos criar histórias de bosques assombrados e monstros terríveis. Serviam não só no exemplo acima, mas também para assegurar locais rituais privativos. Isso foi particularmente importante durante a inquisição. O aldeão comum não desejava ingressar em bosques onde forças sobrenaturais estivessem em ação.


O Ancião





   Ancião é a terceira face do Deus e representa o conhecimento acumulado e a sabedoria. Exerce domínio sobre os conhecimentos ocultos e sobre a Magia. Ele é o Deus das Sombras, aquele que conduz as almas dos homens ao Outro Mundo. Está relacionado ao início das civilizações.Os exemplos associados à face de Ancião do Deus são:Dagda: O bom Deus dos celtas irlandeses. É o Deus que ocupa lugar preponderante entre os Tuatha de Dannan. Seu título “Ollathir” significa “Pai de todos”.Cronos: Deus grego do tempo e do destino dos homens. Ele castrou seu pai, Urano, e assumiu o domínio do mundo. Para não perder seu trono engoliu todos os seus filhos, menos Zeus, que mais tarde o suplantou e tornou-se o grande pai dos Deuses.Teutates: O mais poderoso dos aspectos do Deus, entre os celtas, Teutates está associado às guerras, mas aparece muitas vezes como um Deus da fertilidade e abundância. Era considerado o Rei do Mundo.Plutos: Deus grego das riquezas. Em uma de suas lendas ele aparece como um velho cego que distribui riquezas e presentes de maneira aleatória e injusta.Temas de rituais que usam de Ancião do Deus:• Atrair conhecimento de todas as ordens.• Entrar em contato com a sabedoria ancestral• Aumentar o poder de magia inerente a cada um de nós.• Encontrar soluções para os problemas.• Transmutar energias.• Transformar situações• Banir energias maléficas.• Afastar inimigos e pessoas indesejadas.• Afastar o azar.• Revelar segredos.• Estabelecer ligação com o inconsciente.• Necessitar de proteção.Meditando com o Ancião

   Material necessário:• Uma vela preta;• Um cajado;• Uma túnica preta com capuz.Procedimento: Coloque a sua túnica, trace o Círculo Mágico e acenda a vela preta. Bata três vezes no solo com o cajado, chamando o Deus Ancião:Senhor que caminha nos reinos ocultos,Eu chamo você.Sombras, voz que me chama,Deus que revela o seu mundo,Venha a mim.Você, que no sono profundo reacende os mistérios da noite.Venha!Senhor da magia e do conhecimento oculto,Grande transformador e sábio,Venha a mim.Cubra a cabeça com o capuz e continue batendo no solo com o cajado. Feche os olhos e siga a batida, indo em direção a uma caverna. Você chega à entrada e pede licença aos seres daquele lugar para entrar.A caverna é escura, mas à sua frente, lá no fundo, você pode ver um pequeno foco de luz. Siga em direção à luz.Lentamente você se aproxima da luz e percebe que ela provém de uma pequena fogueira que está em uma ampla área, onde se encontra um Ancião, sentado em um trono. Ele carrega em uma das mãos um cajado com muitos símbolos. Convida-o para sentar, apontando um banquinho ao lado de Seu trono. Você senta e então Ele o abençoa com o cajado, tocando-o em seu chacra do terceiro olho. Ao fazer isso, uma forte luz se espalha por toda a caverna. Esta luz é forte e de poder regenerador, capaz de lhe dar acesso aos conhecimentos mais sagrados do Universo, que só o Ancião pode lhe proporcionar.Deixe-se ser invadido pela luz e pela força que o Ancião lhe transmite.Ele lhe dá um dos símbolos que se encontra pendurado no seu cajado, dizendo que é um presente dele para você. Guarde o símbolo e agradeça ao Ancião. Despeça-se, fazendo uma inclinação de reverência com a cabeça e siga em direção à saída da caverna.Nesse estágio da meditação, comece a bater novamente o seu cajado e deixe o som trazê-lo de volta à realidade. Acalme a sua mente, centre-se e abra os olhos.


O Homem Verde





   O segundo aspecto do Deus é o Homem Verde (Green Man), Ele é o Senhor da Colheita e de toda a Natureza cultivada. Está relacionado aos grãos e ao desenvolvimento da agricultura. Exerce domínio sobre a vida e o crescimento das plantas. É ele que nos traz a alegria, a felicidade. Está associado aos excessos e ao êxtase provocado pelo vinho, tão sagrado para as culturas primitivas. Nessa face Ele assume vários papéis, principalmente o de Filho e Amante da Deusa.Os exemplos associados à face do Homem Verde do Deus são:Green Man: Uma Divindade que aparece em várias representações como um homem coberto de folhas. Está associado às florestas, à alegria, à descontração. Sua face com múltiplas folhas aparece em construções de antigas tabernas, espalhadas por toda a Europa, representando a sua ligação com a embriaguez através do vinho. É o portador de alegria.Baco: Deus romano da fertilidade e do vinho. Suas cerimônias sagradas, as bacanais, eram marcadas por excessos de todos os tipos, principalmente os alcoólicos.Dionísio: Aparece muitas vezes como o Deus da embriaguez. Segundo as crenças gregas, ele era o criador do vinho e suas Sacerdotisas, as Mênades, corriam e dançavam nuas pelos bosques, atordoadas pelo efeito do vinho (tido como o próprio Deus), agitando tochas e bastões de tirso nas mãos, em homenagem ao Deus.Sileno: O tutor de Dionísio e o líder dos Sátiros. Muitas vezes representado como um Deus careca e barrigudo. Está relacionado à fertilidade e ao êxtase, em todas as suas manifestações.Temas de rituais que usam a face de Homem Verde do Deus:• Invocar a mudança da essência de espírito.• Invocar a energia de descontração.• Atrair felicidade.• Estabelecer transformações necessárias.• Atrair o otimismo e a alegria.• Invocar as energias de expansão e prosperidade.• Aumentar a sensualidade, o erotismo e a espontaneidade.• Libertar-se dos grilhões impostos pela sociedade.• Abrir os caminhos para atrair oportunidades na vida.• Atrair a jovialidade e o entusiasmo.Meditando com o Homem de Verde

   Material necessário:• Uma vela verde;• Cálice com vinho;• Folhas verdes.Procedimento: Coloque a vela sobre o Altar. Trace o Círculo Mágico e então a acenda. Espalhe as folhas sobre o Altar enquanto invoca o Deus com as seguintes palavras:Invoco a ti, Homem Verde dos bosques e das vinhas.Invoco-o para que venha do seu mundo para compartilhar sua alegria e felicidade comigo.Venha, Deus da face de folhas,Deus que caminha entre as folhagens,Quem semeia e faz brotar!Invoco-o, Senhor.Venha, compartilhe sua satisfação comigo.Feche os olhos, respire profundamente por três vezes.Imagine-se indo a direção a uma mata virgem. Sinta a energia mágica e comungue com os Espíritos da Natureza que residem nesse lugar.Sinta o cheiro das folhas, das árvores e da terra.Coloque a sua mão esquerda no tronco de alguma árvore frondosa que você encontrar no caminho e leve a mão direita em direção ao seu peito. Sinta o poder que ela tem de revigorar as energias e renovar. Absorva o poder da Natureza. Aos poucos você percebe que a sua mão não toca mais em um tronco, mas sim a mão de um homem todo vestido de folhas, com o rosto coberto por elas, aparecendo só os olhos dele. Ele é o Homem Verde, o Green Man, o Senhor das folhas verdes e das florestas. Ele sorri para você e lhe transmite todo seu poder de alegria e vida através do seu toque.Ele veio dos reinos escondidos abençoá-lo com a sua magia.Permaneça algum momento sentindo a energia do Deus através de seu toque. Dialogue mentalmente com Ele. Peça-lhe conselhos deixe que Ele o instrua.Continue absorvendo a energia e deixe-se levar pelas lembranças de quando era criança, feliz e inocente. Como a sua infância se reflete na sua vida atual? Você vive a sua criança interior em todas as suas potencialidades? Reflita. Busque respostas junto ao Homem Verde para os seus problemas e as soluções para resolvê-los. Deixe Ele aconselhá-lo.Quando tiver conversado tudo o que for necessário, agradeça ao Deus. Muitas brumas começam a se formar ao seu redor até que você consiga mais ver nada, mas você continua segurando a mão do Deus Verde. Aos poucos as brumas vão se dispersando e você percebe que não está mais segurando a mão do Deus, mas, sim, tocando o tronco forte da árvore novamente.Agradeça aos Espíritos da Natureza e retorne pelo mesmo caminho que você trilhou para chegar lá.Respire profundamente três vezes e abra os olhos.


Entrando em contato com as faces do Deus





   Sou o brilhante Deus, Senhor do Sol, Mestre de tudo aquilo que é Selvagem e livre, Pai das mulheres e homens, Amante da Deusa Lua.Sou o som que você desconhece, mas que te chama.Sou quem, no sono profundo, reacende os mistérios noturnos.Resido dentro de você.Venha, adentre em meu mundo e conhecerá a ti mesmo.Entrar em contato com a energia do Deus é um processo vital para a recuperação de nossos dons perdidos ou esquecidos.O Deus Conífero é o Senhor da fauna, flora e animais e nos coloca em contato com o nosso lado mais animalesco e primitivo, capaz de nos conduzir ao centro de nossos mais puros instintos e vitalidade plena.O Deus, assim como a Deusa, possui também três aspectos: o Cornífero, o Homem Verde e o Ancião.Cada uma das faces do Deus está associada a um período da evolução humana e de nossa própria vida.Meditar com o Deus nos traz a possibilidade de contatarmos o nosso Eu mais profundo. Isso traz um processo de integração total com a Natureza e os seus ciclos, além de possibilitar uma maior interação com a vida e a humanidade como um todo.O CorníferoÉ a face do Deus que exerce domínio sobre as florestas. Ele é a representação da Natureza intocada e de tudo o que é livre. Nesse aspecto o Deus assume a face de Caçador e representa a renovação, virilidade, força, fertilidade e vitalidade. O Cornífero exerce domínio sobre os animais selvagens e ferozes. Esteve em contato direto com a humanidade principalmente nos períodos Neolítico e Paleolítico, onde os homens subsistiam principalmente da caça.

   Os exemplos associados à face de Cornífero do Deus:Cernunnos: Deus celta, portador de chifres é regente dos animais selvagens e bosques. Está associado à fertilidade e fartura.Pan: Deus grego dos campos e bosques. Está associado à vegetação, ao êxtase e ao vigor sexual.Dionísio: Deus grego que assumia a forma de touro ou bode, ambos símbolos da fertilidade. Está associado à fertilidade e tinha a capacidade de morrer e renascer.Esus: Deus celta associado ao touro, que era acompanhado freqüentemente por três pássaros. Posteriormente, foi identificado como Cernunnos. Está associado ao Submundo e muitas vezes era representado brandindo um machado contra uma árvore.Odin: Deus germânico associado à magia, à guerra e ao êxtase. Muitas vezes é representado portando um capacete de chifres e acompanhado por um cervo.Temas de rituais que usam o aspecto de Cornífero do Deus:• Resgatar energia e proteção.• Atrair coragem, garra e vigor.• Começar um novo trabalho ou qualquer outro empreendimento.• Trazer fertilidade e gravidez.• Requerer o senso de comunidade ou família.• Livrar-se de estresse.• Invocar os poderes da fartura e prosperidade.• Atrair o vigor sexual.• Aumentar a percepção, os sentidos e instintos.• Centralizar.• Estabilizar situações.• Resolver problemas difíceis.• Neutralizar a inércia em uma dada situação.• Atrair a prosperidade e riqueza.• Trazer o poder da razão.Meditando com o Cornífero

   Material necessário:• Uma vela marrom;• Um tambor;• Bastão.Procedimento: Acenda a vela sobre o seu Altar. Trace o Círculo e invoque o Deus com o seu Bastão, dizendo:Chamo por Aquele que domina os campos, as montanhas, os vales e as charnecas, o Deus Cornífero, Senhor da alegria e fertilidade para que esteja comigo.Senhor dos sete galhos sagrados,Venha a mimSenhor dos animais,Venha a mim.Caçador de chifres da meia-noite,Venha a mim.Condutor da Eterna Dança,Venha a mim.Touro negro do anoitecer,Venha a mim.Astado Divino, Doador da vida,Venha a mim!Olhe fixamente para a chama da vela e comece a tocar o tambor. Deixe sua consciência divagar por onde quiser, indo rumo a um bosque. Sinta as batidas do tambor e deixe que elas o levem até esse bosque.Siga as batidas do instrumento e cada vez bata mais forte, sentindo o coração da Terra pulsar através das batidas do tambor, e caminhe através da sua mente ao bosque.Ao chegar, peça mentalmente que o Deus se apresente a você na sua face de Cornífero. Continue tocando o tambor, mas preste atenção ao bosque até que o Deus decida se aproximar de você.Quando ele se aproximar, converse com Ele, peça-lhe instruções e diga por que você foi ao encontro Dele. Seja sincero.O Deus conversará com você e o instruirá sobre como agir em relação à solicitação feita por você.Peça que Ele doe um pouco de seu poder e vitalidade a você. O Deus então lhe estende a mão e quando a abre você vê um objeto, um símbolo, ou algo semelhante. O Deus entrega para você. Esse é o portal de acesso pelo qual você poderá invocar a energia do Deus quando necessário. Guarde-o, e, se possível, reproduza esse objeto ou símbolo em madeira, pedra ou metal e tenha-o sempre junto de você.Continue tocando o tambor. Aos poucos o Deus se afasta. Agradeça a Ele pela presteza com que atendeu ao seu chamado e deixe-o seguir.Continue tocando o tambor e deixe que suas batidas o tragam de volta à sua consciência normal. Bata cada vez mais rápido e intensamente e sinta-se voltando a ela.Quando se sentir centrado, abra os olhos e agradeça mentalmente mais uma vez ao Deus.Deixe a vela queimar até o fim em homenagem ao Cornífero.


   O Deus Cornífero possui inúmeros nomes. Ele é chamado de Consorte da Deusa, Doador de Vida, Senhor da Morte e Ressurreição, Deus das Sementes, Flores e Frutas, Antigo Deus da Fertilidade, o Senhor da Dança.Ele é conhecido por Cernunnos, Herne, Pan, Osíris, e outros incontáveis nomes.O Deus é adorado sob muitas formas e nomes, mas o aspecto predominante venerado por nossos antepassados foi o Deus Cornífero. O homem do período Paleolítico de 12 mil anos atrás retratou inúmeras vezes nas paredes das cavernas o Deus Cornífero da Caça, um ser meio homem meio animal.O Deus Cornífero teve uma força dominante, mesmo depois do aparecimento de novos Deuses. Esse poderoso arquétipo continuou existindo durante 10 mil anos, depois de aparecer primeiramente em pinturas rupestres nas paredes das cavernas.Chifres sempre foram sinais de algo Divino. Na Babilônia, o grau de importância dos Deuses era identificado pelo número de chifres atribuídos a Ele. Um exemplo principal é Ishtar, uma antiga Deusa, detentora de sete chifres.Alexandre, o Grande, se declarou um Deus depois de tomar o trono do Egito e, para demonstrar o seu poder, encomendou uma pintura sua ornada de chifres de carneiro. O Alcorão chama Alexandre de “Iskander Dh’l Karnain”, que quer dizer “Alexandra dos dois chifres”. Uma alusão ao seu nome é preservada até hoje em Tradição Alexandrina, na qual o Deus é chamado de Karnayana.O Deus Cornífero simboliza a força masculina da Natureza. Ele é a “contraparte” da Deusa. Nós, Wiccanos, vemos o Deus representado pelo Sol. Desde tempos imemoráveis, as mudanças das estações foram percebidas como padrões diferentes de calor do Sol ou, então, do Deus. Nós, Bruxos, celebramos as mudanças das estações com rituais especiais, chamados de Sabbats, que ocorrem oito vezes por ano. Embora o Sol e o Deus ainda sejam vistos como originadores dessas mudanças, a Deusa também é venerada nessas ocasiões, pois é através Dela (a Terra) e Dele (a semente fertilizada e o Sol fertilizador) que todos seremos nutridos.O Deus Cornífero é representado por um homem com cabeça de humano e pernas e chifres de cabra ou cervo. Nos tempos antigos Ele era invocado antes de o homem sair para caçar, para abençoar o caçador com sucesso e fartura. O Deus Cornífero não é só o Caçador, mas também é considerado a própria caça. Ele era visto como um animal sacrifical, imolado para que o Clã pudesse sobreviver durante os sucessivos meses de inverno. Ele é o Sol durante o dia, mas também é o Sol da meia-noite. Ele é o Senhor da Luz, mas também da Escuridão da noite, das Sombras, das profundidades da floresta, das profundezas do submundo.Ele era reverenciado e invocado antes das sementes serem plantadas e novamente quando eram colhidas. Ele se mostra na terra vivente, na grama, nas árvores e na vinha. Esse aspecto é o Deus da Morte, que é enterrado como semente e que ressurge novamente verde e jovem na Primavera, renascido do Útero da Grande Mãe. Ele se mostra também nas colinas estéreis e frias, nos ventos indomáveis e nas planícies de Inverno.O Deus Cornudo é o espírito de vegetação, das coisas verdes e crescentes, da floresta e do campo. Dionísio, Adonis e muitos outros Deuses da vegetação e colheita eram freqüentemente descritos como cornudos e eventualmente usavam chifres de touro, cabra, carneiro ou veado.Muitos Wiccanos chamam o Deus de Cernunnos, que é a versão Céltica e Galo-romano do Deus Cornífero. Um altar para Cernunnos foi descoberto debaixo do que é agora a Catedral de Notre-Dame, em Paris, França. Herne, o Caçador, também é usado freqüentemente para designar o Deus. Muitas variações dos nomes do Deus aparecem como nomes de alguns lugares na Inglaterra. Cerne Abbas, na Inglaterra meridional, é um exemplo.O Deus Cornífero foi transformado no “Diabo” cristão por aqueles que foram tentar difundir sua fé na Europa Antiga. Muito antes de o Cristianismo emigrar dos desertos de Jerusalém, o Deus Cornífero era tido como o símbolo da vida, da sexualidade, do êxtase, da liberdade e da indomabilidade.Muitas deidades Pagãs foram absorvidas pelo Cristianismo. Porém, o Deus Cornífero transpareceu num semblante ameaçador os primeiros cristãos. Ele era um Deus animalesco e sexual. Uma Divindade da noite e da floresta. Considerando que o Cristianismo era uma religião praticada durante o dia, em templos, ele não teve lugar e teve que ser excluído. O Cristianismo viu a sexualidade como a escuridão e o mal, e o Deus Cornífero foi identificado como o princípio do mal, chamado por eles de Diabo. Ainda assim, o Deus Cornífero sobreviveu por séculos de supressão e difamação.Consideremos os muitos modos nos quais o Deus Cornudo sobreviveu. O folclore o retratou como Robin Goodfellow e Puck. Puck é o personagem principal em Sonho de uma Noite de Verão, peça na qual Shakespeare desenvolveu em um dia de Sabbat (Solstício de Verão-Litha) a trama da história. O Homem Verde (Green Man) ainda é venerado em celebrações e é um símbolo comum achado nas paredes das tavernas na Inglaterra.Ele é forte e poderoso, mas não deve ser temido. O corpo dele é de um homem, mas os seus pés são patas, e os chifres capturam os poderes dos céus, do Sol e das estrelas. Ele é Deus do constante renovar, do movimento eterno, e é considerado a própria força crescente de vida. O Deus Cornífero é o caçador, o guerreiro, o gerador, o Rei da terra, e representa ao mesmo tempo as mudanças e verdades.É o Deus visto com características duais. Ele é o Deus do Verão e do Inverno. Ele é o Rei do Sol, o Rei do Milho e o Homem Verde, honrados no Verão. Ele é o Senhor do Submundo, o Caçador, o Pastor e o Curandeiro, na sua face do Inverno. Ele é o Sol renascido no Solstício de Inverno que traz vida e alegria, mas também o Senhor da Luz e da Morte.


Ísis, a Deusa Universal





   A histórico do culto à Ísis é longa e complexa: esta rápida visão geral fornecerá uma indicação de seu alcance até os últimos séculos.Antiga e amada, Ísis nutriu sua terra natal – o Egito – como Deusa do Trono, do Amor e da Magia, A Grande Feiticeira que Cura. Sempre presente, Seu culto sob o nome de Ísis é documentado nos textos da Pirâmide da Quarta Dinastia (por volta de 2600 a.C.) e provavelmente remonta a um tempo anterior às dinastias. Venerada sozinha, com Seu marido Osíris ou com outros supostos consortes, os ritos de Ísis foram mantidos por todo o Egito, desde pequenos santuários em casas de fazenda até os templos com sacerdotes e sacerdotisas.Quanto os navegadores egípcios cruzaram o Mediterrâneo, e estrangeiros chegaram ao Egito, o custo à Deusa se expandiu pelo mundo ocidental. Por ser uma deusa de natureza complexa e complicada, muitos paradoxos – alguns os chamariam de mistérios – surgiram dentro de Sua fé. Por um lado, Seu clero era admirado pela sabedoria e pureza; por outro, alguns adoradores de Ísis a recebiam como uma deusa do amor erótico e romântico.Seus seguidores no passado foram imperadores e pessoas comuns, mulheres livres e escravas, mercadores e navegantes. No passado, como agora, todas as raças eram admitidas em Seus templos e na hierarquia de sacerdotes e sacerdotisas. Jamais recusando qualquer pessoa, Ísis foi reverenciada desde as eras clássicas como a deusa que está acima do destino, aquela que pode reescrever o que está previsto pelos astros.Artistas e artesãos A invocavam como a musa definitiva, e os antigos cientistas sentiram Sua presença entre os alambiques e cadinhos. Textos de alquimia foram escritos em Seu nome.Junto com Serápis, um aspecto dinâmico de Seu marido morto e ressuscitado – Osíris -, Ísis presidia sobre a magnífica Biblioteca de Alexandria e sua Escola de Medicina, que estabeleceu os padrões para a educação dos antigos médicos. Ao mesmo tempo, muitos de Seus seguidores foram curados de doenças apenas passando uma noite no templo, na esperança de receber um sonho de cura ou uma visão da Deusa.Conforme as legiões romanas viajavam pelo mundo, também o fez o culto à Ísis. Ela foi venerada na antiga Londres e em muitos lugares na França e na Alemanha. Através do Oriente Médio e nas ilhas do Mar Egeu, é comum encontrar Seus templos, embora a maioria esteja, atualmente, reduzida a ruínas.Quando os templos de outros deuses e deusas foram incendiados e destruídos durante o turbulento nascimento de uma outra fé, os sacerdotes e sacerdotisas pagãos de refugiaram nos santuários de Ísis, e permitiu-se que eles venerassem suas divindades caídas, dentro do santuário da Deusa, algumas vezes em conjunto com hereges cristãos que procuravam refúgio semelhante.O templo de Ísis foi o último templo pagão a receber devotos na ilha sagrada de Philae, no alto Egito. Mas por volta do ano 595, séculos depois do banimento oficial da fé pagã pelo imperador romano Theodosio, em 392, esse último santuário foi fechado e seus sacerdotes destruídos ou dispersados.Ísis, então, tornou-se Ísis Amenti, a Deusa Escondida, e seu culto foi disfarçado. Muitos de seus títulos foram atribuídos à Virgem Maria, cuja popularidade crescia muito, e estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus receberam outro nome e foram colocadas em igrejas – muitas das quais construídas sobre as ruínas dos antigos templos.Mesmo depois da queda de Philae, o culto à Ísis persistiu. Por volta do ano 756, na França, um clérigo cristão lamentou o fato de que ainda havia pessoas que subiam ao monte Anzino para adorar Ísis e outras divindades. Uma parte de Seus ritos pode ter persistido até o século X, em Harran, na Arábia, e também pode ter sido praticada no oeste da China, durante a dinastia T´ang. Um manuscrito medieval preserva o nome de Ísis, mencionando-o como “Ysis, Senhora das Ervas”, mostrando que as consumadas habilidades de cura de Ísis não haviam sido esquecidas após o início da Idade das Trevas.Em tempos mais modernos, Ísis fez sentir Sua presença nas filosofias maçônicas e teosóficas, nos ritos cerimoniais de magia, como uma Deusa de algumas tradicionais celebrações de Wicca, e como resposta às orações de uma incontável quantidade de indivíduos que se voltaram para Ela.Há tantos caminhos para Ísis quanto há pessoas a Ela devotadas. O caminho será diferente para cada um, já que Ísis tem interesse ativo e pessoal por todos os aspectos da existência de Seus seguidores.


Egito





   A história do Egito e de sua cultura ainda fascina arqueólogos, historiadores e ocultistas, que pesquisam e se esforçam em descobrir os mistérios dessa antiga civilização.A religião sempre desempenhou papel importante entre os antigos egípcios. A escrita hieroglífica (caracteres sagrados) era usada pelos sacerdotes e os escribas que redigiam as crônicas e inscrições.Somente no início do século passado é que um francês, Jean-François Champollion, grande conhecedor do grego e das línguas orientais, conseguiu decifrar os hieróglifos. Isto permitiu que fossem lidas as inscrições que nos contam a história egípcia. Os antigos egípcios adotaram uma religião politeísta.Havia deuses de Estados, adorados pelos soberanos das diversas dinastias, e deuses locais, cultuados pela população. Entre essas divindades predominavam os animais. O gato, o escaravelho, o crocodilo, o íbis, o falcão, o boi eram animais sagrados.O Sol, a Lua, a Terra, o rio Nilo, elementos criadores, ganharam templos, para os quais foram estabelecidos ritos. Criaram-se colégios de sacerdotes: Hórus, Osíris, Ísis, Amon, Ra, que predominaram nos grandes centros egípcios. Estas divindades eram representadas sob a forma humana.A terceira categoria de deuses representava uma determinada atividade ou função: Anúbis, o deus dos mortos; Thot, inventor da escrita; Hekat, a rã, que presidia aos partos; Hathor, a vaca, deusa da alegria e do amor, e muitos outros.


Calendário Egípcio











   Sábio Imhotep inventou o calendário egípcio, no ano 2769 antes de cristo, que era parecido com o que usamos hoje. O ano egípcio iniciava quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós, e que no nosso calendário corresponde ao dia 16 de julho.A partir do calendário de Imhotep, os astrólogos egípcios criaram um Zodíaco divido em 12 signos, correspondentes aos doze meses do ano.Cada signo é representado por um deus; cada divindade regendo durante um tempo e vibrando suas características próprias sobre as pessoas nascidas sob um determinado signo.


DATA.....................................................SIGNO


16 de Julho a 15 de Agosto............................Rã - O Deus do Sol


16 de Agosto a 15 de Setembro.......................Neit - A Deusa da Caça


16 de Setembro a 15 de Outubro.....................Maat - A Deusa da Verdade


16 de Outubro a 15 de Novembro....................Osíris - A Deusa da Renovação


16 de Novembro a 15 de Dezembro.................Hathor - Deusa do Amor e da Adivinhação


16 de Dezembro a 15 de Janeiro.....................Anúbis - O Guardião dos Mortos


16 de Janeiro a 15 de Fevereiro.....................Bastet - A Deusa Gata


16 de Fevereiro a 15 de Março.......................Tuéris - A Deusa da Fertilidade


16 de Março a 15 de Abril.............................Sekemet - A Deusa Leoa


16 de Abril a 15 de Maio...............................Ptah - O Criador Universal


16 de Maio a 15 de Junho.............................Toth - O Inventor da Escrita


16 de Junho a 15 de Julho............................Ísis - A Mãe Cósmica


Rã - O Deus do Sol
   Signo ocidental correspondente: LeãoPeríodo: 16 de julho a 15 de agostoForça, vitalidade e ação fazem parte das qualidades dos protegidos de Rá. São vaidosos, falantes, adoram aplausos. Nos palcos, da vida gostam de representar papéis de destaque. Veja bem, desde pequenos são irreverentes, brigões e autoritários. É importante paz e tranqüilidade, dos pais, para acalmar esses nativos, nos momentos de ira. Educá-los com carinho e compreensão é o caminho. Não gostam de ser contrariados e repreendidos na presença de estranhos.São sensuais, generosos e sinceros. São instáveis nas amizades quando se sentem desvalorizados pelo outro. Precisam ser o centro das atenções.Criatividade, humor e intuição não faltam. Transforma do nada, alguma coisa inusitada. Geralmente vencem na vida porque são ambiciosos.Inteligentes, indagadores e estudiosos podem exercer carreiras de destaques como: artistas, escritores, músicos, médicos, engenheiros, banqueiros e tendência para a política.Os nativos de Rá se apaixonam de forma rápida e com intensidade. Adoram carinhos nas costas, na região da coluna e as coxas são pontos erógenos.Na saúde o ponto fraco é o coração, podendo ter problemas cardíacos se abusarem no ritmo de vida. Outros pontos vulneráveis são dores na coluna e no estômago, devido ao nervosismo.      *DICAS*Dia da semana: DomingoNúmero favorável: 1Cores: amarelo e dourado.Flores: rosa amarela e girassóis.Metal: ouroPedra preciosa: crisólita amarela.


Neit - A Deusa da Caça
   Signo ocidental correspondente: VirgemPeríodo: 16 de agosto a 15 de setembroOs protegidos da Deusa Neit têm uma grande agilidade mental, são simpáticos e sinceros nas críticas. Na infância, são precoces, sensíveis e inteligentes. Gostam de estudar, mas não gostam de ser cobrados ou pressionados.Alguns nativos ficam tímidos e inseguros quando testados. Os regidos por Neit têm tendência a relembrar fatos que não levam a nada. Pensam muito antes de tomar decisões.Não gostam de intrigas, invejas ou fofocas no trabalho, na família ou no relacionamento pessoal.Geralmente, os nativos são disciplinados e organizados quando desenvolvem qualquer tipo de trabalho. São carentes e necessitam atenção. Não costumam esquecer ofensas.No amor são honestos amigos e de confiança; só depois de muita intimidade se soltam nas relações. Neit é uma Deusa que gosta de liberdade, tem dificuldade de se adaptar à rotina do casamento.Profissionalmente, pode ser bom médico, professor, analista de sistema ou artista.Para despertar a sensualidade, nos nativos da deusa Neit, é importante uma relação alegre e espontânea. Isso os ajuda a relaxar porque, na maioria, das vezes, são tensos e nervosos. Suas áreas sensíveis são a parte interna das coxas, atrás dos joelhos e no próprio sexo.Na saúde estão sujeitos a esgotamento nervoso e períodos de depressão. Pontos sensíveis: estômago e intestinos. Têm vida longa.*DICAS*Dia da Semana: Terça-feiraNúmero favorável: 5Cores: coral e o prateadoFlores: lírio branco e lírio amareloMetal: a prataPedras preciosas: coral e esmeralda


Maat - A Deusa da Verdade
   Signo ocidental correspondente: LibraPeríodo: 16 de setembro a 15 de outubroHarmonia, beleza, elegância são qualidades dos regidos pela Deusa Maat. A nobreza de espírito e o senso inato de justiça fazem parte da personalidade do nativo.São diplomatas e não gostam de ser indelicados ou tratados com grosserias. São avessos a violência, teimosos e firmes em suas opiniões.Comunicam-se bem com o público. Gostam de leitura, de artes, de bons restaurantes, de dançar, namorar ou paquerar sem compromisso.São sensíveis ao meio ambiente. Sabem viver de forma simples e adaptam-se as situações difíceis se for necessário.Os que nascem sob a proteção de Maat são calmos e tranqüilos. São místicos, gostam de natureza, da poesia e música. Sabem fazer amizades e procuram conservá-las. Em geral, casam cedo. Tanto os homens e as mulheres desse signo são muito sensuais. Suas paixões são violentas e curtas. Adoram carinhos nas regiões das coxas e os órgãos genitais. Gostam de jogos amorosos.Nem sempre a situação financeira dos nativos de Maat é estável. Devem tomar cuidado com contratos, empréstimos, sociedades ou casamentos.Os órgãos que exigem maior atenção são os rins, a coluna e o sistema nervoso. Cuidado com diabete.*DICAS*Dia da Semana: Sexta-feiraNúmero favorável: 6Cor: azul.Flor: rosaPedras preciosas: diamante e o lápis-lazúli


Osíris - A Deusa da Renovação







   Signo ocidental correspondente: EscorpiãoPeríodo: 16 de outubro a 15 de novembroExiste um ar de mistério e sedução nos nativos do signo de Osíris. Sensíveis e intuitivos, bem orientados internamente, podem adquirir a sabedoria dos magos. Desde pequenos são ciumentos e possessivos. Estas crianças são autoritárias e impacientes.Possuem a virtude da coragem, estabelecem metas de conquistas, tanto profissionais como afetivas. São investigadores e curiosos, querem estar sempre por dentro dos fatos. Se traídos são vingativos. Os protegidos de Osíris têm poder de decisão e amor à liberdade. É um amigo forte, mas quando ferido torna-se um inimigo implacável.No amor são sensuais e ciumentos, gostam de aventuras rápidas e sexualmente são intensas.As zonas de prazer são a boca e os órgãos genitais. Na saúde, os homens devem tomar cuidado com inflamações na próstata e, as mulheres, com problemas no útero e no ovário. A garganta é um órgão sensível para os nativos. Podem trabalhar como engenheiros, arquitetos, médicos ou cirurgiões e ocultistas.*DICAS*Dia da Semana: Quinta-feiraNúmero favorável: 9Cor: violetaFlor: cravo brancoPedra preciosa: esmeralda

   Hathor - Deusa do Amor e da AdivinhaçãoSigno ocidental correspondente: SagitárioPeríodo: 16 de novembro a 15 de dezembroA deusa Hathor influencia seus filhos a serem ambiciosos, espertos e audaciosos. Muito inteligentes, são dinâmicos no trabalho, francos e diretos na comunicação com as pessoas. Adoram conforto e viajam sempre quando podem. Gostam de ter animais de estimação em casa.No amor são atirados e conquistadores, às vezes prometem muito e não cumprem as promessas. Geralmente, se apaixonam por pessoas, com estilo de ser diferente ou que têm presença marcante. Adoram serem tocados em todas as partes do corpo.Os homens deste signo sofrem altos e baixos na vida. Têm uma boa intuição nos negócios, escapando de problemas financeiros.Na saúde, os pulmões são pontos frágeis; costumam sentir dores na coluna dorsal e cervical.*DICAS*Dia da semana: Quarta-feiraNúmero: 3Cor: azulFlor: rosa amarela e lírio.Perfume: sândalo.Pedras preciosas: quartzo rosa e quartzo verde.


Bruxas Satânicas


   Iremos analisar aqui o tema da bruxaria satânica ante aos olhos do satanismo. A bruxa é uma figura essencialmente feminina e por isso, alguns leitores podem achar que bruxaria tem mais haver com Wicca do que com qualquer coisa de satanismo moderno. Mas o tema foi até mesmo explorado por Anton LaVey, que inclusive dedicou um livro inteiro ao assunto. A bruxaria é de fato, essencialmente feminina, mas algumas mulheres são também essencialmente satânicas.
Como pode ser visto no Livro "The Satanic Witch" de Anton LaVey, a bruxa é um dos grande fetiches masculinos. Por isso, seguindo estereótipos que lhes foram impostos a primeira coisas que vem na cabeça dos homens é que toda bruxa satânica tem que ser uma mulher fatal. Uma messalina do sexo para que consegue cada vez mais homens ao seu redor, comportando-se como uma prostituta. Não que ela precise vender seu corpo, mas pode causar desejo insinuando-se em excesso para todos os homens e tirando vantagens disso. Grande erro. Os homens seriam afortunados se a mulher fatal fosse a única maneira que uma mulher tem de dominá-los.
   Lilith, o arquétipo feminino da carne, de acordo com o folclore judaico foi a primeira mulher de Adão, que por sua vez ensinou a ele práticas de sexo não habituais, como o sexo oral, anal e outras formas que ignorando a reprodução estimulava apenas o prazer. Algumas pessoas, ou até mesmo satanistas, quando acabam de entender o arquétipo de Lilith, ao ler livros destinados a isto na literatura satânica, acham que a bruxa satânica, terá que se tornar uma nova Lilith. Ou seja, se tornar a devoradora de homens que terá que antes de tudo se tornar uma expert nas artes sexuais e se vulgarizar, para se tornar cada vez mais ser chamativa ao desejo carnal masculino. Mas a bruxaria satânica vai muito além disto, vai além do próprio arquétipo de Lilith. Na Bíblia Satânica LaVey escreveu:
   Os três métodos pelos quais o comando do olhar pode ser talentoso e a utilização do sexo, sentimento ou admiração, ou qualquer combinação deles. Uma bruxa deve, honestamente, decidir em qual categoria ela mais naturalmente se encaixa.
   A primeira categoria, a do sexo, e evidente. Se uma mulher e atrativa ou sexualmente encantadora, deveria fazer tudo no seu poder para tornar a si mesma o mais sedutora possível, desse modo usando sexo como a sua ferramenta mais poderosa. Uma vez que ela obteve a atenção do homem, pelo uso do seu apelo sexual, e livre para manipulá-lo conforme o seu desejo.
   A segunda categoria e o sentimento. Normalmente mulheres idosas se encaixam nesta categoria. Poderia incluir a moca insignificante que tipifica a bruxa, que pode viver numa pequena cabana e ser considerada pelas pessoas como sendo bastante excêntrica. Crianças são normalmente encantadas pela fantasia que este tipo de bruxa prove e adultos jovens procuram-nos por seus conselhos considerados sábios. Através da sua inocência, crianças podem reconhecer seu poder mágico. Por se adaptar a imagem da doce, pequena e velha senhora próxima a porta, ela pode utilizar a arte do engodo para cumprir os seus objetivos.
   A terceira categoria e o tema encantamento. Esta categoria se aplicaria a mulher que e estranha ou apavorante em sua aparência. Por fazer sua estranha aparência trabalhar para ela, pode manipular as pessoas simplesmente porque elas são temerosas das conseqüências de não fazerem o que ela pede.
Muitas mulheres se encaixam em mais do que uma destas categorias. Por exemplo, a jovem moca que tem uma aparência de inexperiência e inocência, mas ao mesmo tempo e muito sexy, combina sexo e sentimento. Ou a fêmea fatal que combina o apelo sexual com sinistra aparência pétrea, usa sexo e maravilha. Depois de avaliar suas qualidades, cada bruxa deve decidir em que categorias ou combinações de categorias ela se encaixa, e então utilizá-las da forma apropriada.
   Assim, a bruxa satânica terá que procurar reforçar cada vez mais as qualidades que sejam proveitosas a ela. Nunca colocando a vulgaridade como única resposta e nunca descartando ela sem pensar primeiro. É uma realidade psicológica que o homem quer na mulher, a amante e a mãe. É incontestável que uma mulher fatal é atraente, e que uma menina sem experiência nenhuma atrai muito também. Mas é muito mais atraente aquela que sabe usar os vários lados, e que, não dá chance do homem saber como ela se portará, atraindo-o pela surpresa.
   Então a bruxaria satânica é a arte de manipular os homens? Sim, mas não somente isto. A bruxa satânica atrairá os homens com seus dotes e conseguirá todos aqueles que ela quiser, mas muitas vezes sua a maior preocupação ao manipular um homem é simplesmente que ele continue ao seu lado, dando-lhe apóio e sendo companheiro. Pois por trás de todos os papéis que usar e de todos os fetiches que estimular sempre existira o seu Self, seu Eu Superior. Sua essência mais pura.
   A bruxa satânica é, portanto, antes de tudo uma mulher segura, que não terá vergonha de expor suas opiniões, seu desejo, seu corpo, seu ódio e seu amor sempre que achar necessário. Esta será sua forma de mostrar que dentro da mulher fatal, da guerreira ou da menina há também uma mente pensante que não poderia permitir que fosse vista somente como objeto, mas sim, como uma parte participante e importante de um relacionamento e de uma sociedade.Este é um artigo sobre As Bruxas Satânicas.
   Iremos analisar aqui o tema da bruxaria satânica ante aos olhos do satanismo. A bruxa é uma figura essencialmente feminina e por isso, alguns leitores podem achar que bruxaria tem mais haver com Wicca do que com qualquer coisa de satanismo moderno. Mas o tema foi até mesmo explorado por Anton LaVey, que inclusive dedicou um livro inteiro ao assunto. A bruxaria é de fato, essencialmente feminina, mas algumas mulheres são também essencialmente satânicas.
   Como pode ser visto no Livro "The Satanic Witch" de Anton LaVey, a bruxa é um dos grande fetiches masculinos. Por isso, seguindo estereótipos que lhes foram impostos a primeira coisas que vem na cabeça dos homens é que toda bruxa satânica tem que ser uma mulher fatal. Uma messalina do sexo para que consegue cada vez mais homens ao seu redor, comportando-se como uma prostituta. Não que ela precise vender seu corpo, mas pode causar desejo insinuando-se em excesso para todos os homens e tirando vantagens disso. Grande erro. Os homens seriam afortunados se a mulher fatal fosse a única maneira que uma mulher tem de dominá-los.
   Lilith, o arquétipo feminino da carne, de acordo com o folclore judaico foi a primeira mulher de Adão, que por sua vez ensinou a ele práticas de sexo não habituais, como o sexo oral, anal e outras formas que ignorando a reprodução estimulava apenas o prazer. Algumas pessoas, ou até mesmo satanistas, quando acabam de entender o arquétipo de Lilith, ao ler livros destinados a isto na literatura satânica, acham que a bruxa satânica, terá que se tornar uma nova Lilith. Ou seja, se tornar a devoradora de homens que terá que antes de tudo se tornar uma expert nas artes sexuais e se vulgarizar, para se tornar cada vez mais ser chamativa ao desejo carnal masculino. Mas a bruxaria satânica vai muito além disto, vai além do próprio arquétipo de Lilith. Na Bíblia Satânica LaVey escreveu:
   Os três métodos pelos quais o comando do olhar pode ser talentoso e a utilização do sexo, sentimento ou admiração, ou qualquer combinação deles. Uma bruxa deve, honestamente, decidir em qual categoria ela mais naturalmente se encaixa.
   A primeira categoria, a do sexo, e evidente. Se uma mulher e atrativa ou sexualmente encantadora, deveria fazer tudo no seu poder para tornar a si mesma o mais sedutora possível, desse modo usando sexo como a sua ferramenta mais poderosa. Uma vez que ela obteve a atenção do homem, pelo uso do seu apelo sexual, e livre para manipulá-lo conforme o seu desejo.
   A segunda categoria e o sentimento. Normalmente mulheres idosas se encaixam nesta categoria. Poderia incluir a moca insignificante que tipifica a bruxa, que pode viver numa pequena cabana e ser considerada pelas pessoas como sendo bastante excêntrica. Crianças são normalmente encantadas pela fantasia que este tipo de bruxa prove e adultos jovens procuram-nos por seus conselhos considerados sábios. Através da sua inocência, crianças podem reconhecer seu poder mágico. Por se adaptar a imagem da doce, pequena e velha senhora próxima a porta, ela pode utilizar a arte do engodo para cumprir os seus objetivos.
   A terceira categoria e o tema encantamento. Esta categoria se aplicaria a mulher que e estranha ou apavorante em sua aparência. Por fazer sua estranha aparência trabalhar para ela, pode manipular as pessoas simplesmente porque elas são temerosas das conseqüências de não fazerem o que ela pede.
   Muitas mulheres se encaixam em mais do que uma destas categorias. Por exemplo, a jovem moca que tem uma aparência de inexperiência e inocência, mas ao mesmo tempo e muito sexy, combina sexo e sentimento. Ou a fêmea fatal que combina o apelo sexual com sinistra aparência pétrea, usa sexo e maravilha. Depois de avaliar suas qualidades, cada bruxa deve decidir em que categorias ou combinações de categorias ela se encaixa, e então utilizá-las da forma apropriada.
   Assim, a bruxa satânica terá que procurar reforçar cada vez mais as qualidades que sejam proveitosas a ela. Nunca colocando a vulgaridade como única resposta e nunca descartando ela sem pensar primeiro. É uma realidade psicológica que o homem quer na mulher, a amante e a mãe. É incontestável que uma mulher fatal é atraente, e que uma menina sem experiência nenhuma atrai muito também. Mas é muito mais atraente aquela que sabe usar os vários lados, e que, não dá chance do homem saber como ela se portará, atraindo-o pela surpresa.
   Então a bruxaria satânica é a arte de manipular os homens? Sim, mas não somente isto. A bruxa satânica atrairá os homens com seus dotes e conseguirá todos aqueles que ela quiser, mas muitas vezes sua a maior preocupação ao manipular um homem é simplesmente que ele continue ao seu lado, dando-lhe apóio e sendo companheiro. Pois por trás de todos os papéis que usar e de todos os fetiches que estimular sempre existira o seu Self, seu Eu Superior. Sua essência mais pura.
   A bruxa satânica é, portanto, antes de tudo uma mulher segura, que não terá vergonha de expor suas opiniões, seu desejo, seu corpo, seu ódio e seu amor sempre que achar necessário. Esta será sua forma de mostrar que dentro da mulher fatal, da guerreira ou da menina há também uma mente pensante que não poderia permitir que fosse vista somente como objeto, mas sim, como uma parte participante e importante de um relacionamento e de uma sociedade.


O que é, e como ser Wicca - Bruxa ou Bruxo


   As Bruxas acreditam e aceitam a Lei Tríplice, que determina que um ato sempre tem a resposta em efeito bumerangue. O que se faz retorna 3 vezes para o emissor, portanto tratam de gerar bons pensamentos e fazer todas as coisas sempre para o bem de todos os envolvidos.


Em que acreditam as Bruxas? O que é ser Wicca?

· Respeito na mesma proporção não só a seres humanos, mas para a Terra, animais e plantas.
· Realização dos Ritos no interior de um Círculo Mágico, pois os Círculo é um espaço sagrado.
· Convicção na reencarnação.
· Observação da mudança das Estações do ano, com 8 Sabás Solares e entre 12 e 13 Esbás Lunares(21 ritos anuais).
· Crença nos aspectos femininos e masculinos do Divino.
· Repúdio ao proselitismo, pois pessoas só se tornam Bruxas por escolhas própria.
· Igualdade à mulheres e homens, pois ambos são complementares, apesar de sempre a mulher ser enfocada.
· Importância aos "3 Rs" : REDUZIR, REUTILIZAR , RECICLAR.
· O sentido de servidão à Terra.
· Respeito por todas as Religiões e liberdade religiosa.
· O Repúdio por qualquer forma de preconceito.
· Conscienciosidade em relação à cidadania.

Respostas para as diversas deturpações atribuídas a Bruxaria.

Bruxas não acreditam nem honram a Deidade conhecida como Satã, pois o demônio é uma crença da Igreja Católica e de outras correntes do Cristianismo.
Bruxas não sacrificam animais ou humanos.
Bruxas não renunciam formalmente o Deus Cristão, apenas acreditam em outros aspectos divinos.
Bruxas ou bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anti-cristãos, apenas não são cristãos.
Nos Sabás e Esbás não são utilizadas nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais.
Bruxas não praticam necessariamente Magia Negra.
Bruxas não forçam ninguém à fazer algo que agrida seus princípios e crenças.
Bruxas não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias.

Como tornar-se um praticante da Religião Wicca?
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   Desde que os seres humanos estão neste planeta o espírito tem escolhido seres com um dom especial para trabalhar com a magia. Em verdade todos podemos estudar ciências mágicas ou místicas, mas só poderemos praticá-las depois de muito conhecimento, dedicação e treinamento. Costuma-se dizer que o aluno encontrará seu mestre quando seja a hora e momento, e eu sempre digo que não são alunos, mas filhos adotados com a alma.

A Iniciação

   Para ser um iniciado em Wicca é necessário que se estude a filosofia pelo prazo mínimo de um ano e um dia. O ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "Um Ano e um Dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os Ciclos da Terra. Para um praticante de Bruxaria é muito importante se afinar com as fases da Lua.
Quando o adepto se achar pronto para ser um(a) bruxo(a) - aceitando todos os princípios da bruxaria - pode buscar dois métodos de começar nesta filosofia pagã: através de autoiniciação ou ser iniciado por um bruxo(a) experiente e capaz.

BRUXARIA, FEITIÇARIA, MAGIA

   O termo Bruxaria respeita ás faculdades espirituais de uma pessoa, que geralmente se auxilia da pratica de rituais mágicos produzir determinados efeitos na realidade deste mundo em que habitamos, procurando assim alterar essa mesma realidade.
   O objectivo destes rituais mágicos é por isso interferir, ou no mundo físico , ou nas pessoas que nele existem.
   Quando realizados os rituais para interferir no mundo físico em que habitamos, causam-se nele certos efeitos que segundo as leis da natureza não seria normal sucederem, e que são por isso «sobre-naturais».
   Quando realizados os rituais para interferir com pessoas, então causam-se efeitos sobre o estado mental, ou físico dessa pessoa, ou mesmo altera-se a percepção que essa pessoa tem da realidade.
   Um Feiticeiro não é um Bruxo, embora essa confusão seja comum.

O que é um Bruxo?

   Um bruxo é alguém que nasce com certa capacidade espiritual de dialogo com o mundo dos espíritos , e que depois usa essa faculdade em rituais de magia.

O que é um Feiticeiro?

   Um feiticeiro é uma pessoa comum, sem qualquer capacidade espiritual em particular, mas que pratica feitiços. Isso qualquer pessoa pode fazer sem que para isso possua alguma capacidade espiritual , ou um profundo vinculo com forças ou entidades do «outro lado».

Melhor explicando:

   Uma bruxa é alguém cujo o espírito está aliado a poderosas forças espirituais, o que lhe confere a capacidade de dialogar directamente com a esfera espiritual.
   Uma feiticeira é uma pessoa comum com um espírito comum, que estudou assuntos esotéricos, que adquiriu conhecimentos de magia e que os pratica através da execução de feitiços.
   Uma bruxa pratica rituais de bruxaria.
   Uma feiticeira pratica feitiçarias.
   Se bem que os fins de ambas as praticas magicas sejam comuns, ( leia-se: alterar a realidade ou influenciar pessoas), a origem destes dois tipos de trabalhos é totalmente diferente, sendo que duas coisas se destacam:

1- uma bruxa é sempre mais poderosa que uma feiticeira
2- um ritual de bruxaria é sempre mais devastador que uma feitiçaria.

   Por isso se diz que os feiticeiros praticam feitiçaria, ao passo que os bruxos praticam bruxaria.
No entanto, ambas a bruxaria e feitiçaria são aspecto daquilo a que se chama… «magia».
   A magia, consiste no uso de forças ou entidades que não são deste mundo físico, ( são do mundo espiritual), para interferir neste mundo físico.
   Todo aquele que pratica as artes da magia, é um Mago ou uma Maga.

Há 5 tipos de praticantes de magia, e eles são:

1-As bruxas
2-As feiticeiras
3-Os magos
4-Os sacerdotes
5- Os Profetas ou Videntes

   Há magas que são bruxas, e magas que são feiticeiras, pois ambas trabalham com a magia, no entanto ambas, possuem, (como já aqui foi descrito), naturezas e essências substancialmente diferentes e distintas.
   Mas tanto bruxas como feiticeiras, uma vez que trabalham com magia, são magas.
   Há também os magos que são pessoas que se dedicam a profundos estudos sobre o esoterismo, com a finalidade de alcançar elevada sabedoria sobre as esferas celestes e a forma como esse saber pode também afectar o nosso mundo físico. Esses são um outro tipo de magos, são sábios na velha tradição dos alquimistas, astrólogos, teólogos e filósofos místicos. A esses, vulgarmente chama-se simplesmente…magos.
   Há também os sacerdotes, que ligados a cultos religiosos, se dedicam á invocação de Deuses ou de Deus através de orações e de processos litúrgicos. Os processos litúrgicos, ( por exemplo: as missas celebradas pelos padres), são uma forma de magia executada com a finalidade de invocar espíritos ou forças celestiais ,( no caso dos padres, eles invocam o espírito de Deus e as Suas forças celestiais de luz), para que essas auxiliem os fieis de determinado culto. Os sacerdotes também se dedicam ao estudo de ensinamentos sagrados ou das escrituras da religião que perfilham, assim como geralmente trabalham no sentido do aperfeiçoamento espiritual ou salvação, seja da sua própria alma, seja das almas dos devotos que os sacerdotes conduzem com a sua função sacerdotal. Na religião da bruxaria, um «bruxo» é igualmente um sacerdote dessa pratica religiosa, tal como o padre é sacerdote na prática do catolicismo.
   Por ultimo há os Profetas ou os Videntes, sendo que esses são pessoas com um vínculo especial com o mundo espiritual; São geralmente pessoas que possuindo a capacidade de comunicar com espíritos, recebem deles visões e mensagens, ( que podem ser recebidas das mais diversas formas: visões, sonhos, aparições, etc), que são revelações e por isso, de extrema importância para o futuro. Tratam-se geralmente de indicações sobre o futuro que se foram seguidas, podem levar a bons caminhos, ou que se foram ignoradas, pode levar a maus caminhos; tratam-se por vezes também de informação sobre assuntos desconhecidos e que vem trazer á luz verdades que estavam ocultas. Há bruxos e sacerdotes com capacidade de vidência, assim como existem profetas que nem por isso são sacerdotes e muito menos bruxos.

Estes são as 5 formas de pratica e vivência do universo da Magia.

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Voltando ao que é a magia:
- Como já foi descrito, a magia consiste no uso de forças espirituais para afectar o mundo físico.

   Essa afectação do mundo físico pelo mundo espiritual, pode ser conseguida através de magia branca, ou de magia negra.
   Normalmente diz-se que a magia é branca se for realizada para fins positivos, ou negra se for realizada para fins negativos.
   Essa é mais uma ideia errada.
   A magia, ou a forma de afectar o mundo físico através de forças ou entidades do mundo espiritual, é na verdade :

1- branca de apelar á interferência de forças espirituais de luz
2- ou negra se apelar a forças espirituais das trevas.

   No entanto, o apelo a forças espirituais das trevas pode ser usado para coisas positivas, como por exemplo, nos exorcismos para expulsar o mal do corpo de uma pessoa.
   Ao contrário, o apelo a forças espirituais de luz pode ser usado para coisas negativas, como por exemplo, levar uma vingança ou maldição a uma pessoa.
   De acordo com algumas teses do misticismo de natureza kabalista,a mais poderosa magia negra é realizada com recurso aos saberes de Deus,pois como está claramente revelado nas sagradas escrituras sobre Balaão,(Números 24,10-13),um mago nada pode fazer sem a autorização de Deus, ou sem recorrer ao Seu Poder..
   A mais poderosa magia negra, é na verdade o uso de certas forças e atributos do mundo espiritual de Deus.
   As «Sephirot» da «arvore da vida» estudada pela ciência Cabalista, representam as varias forças e energias espirituais que existem,e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico),como tambem sobre as nossas vidas.
   São forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto,a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos das ciências místicas hebraicas.
   Algumas das forças espirituais que emanam de Deus são geradoras de Luz,ao passo que outras são geradoras de trevas.
   E é fazendo uso dessas emanações, que é possível realizar magia negra, ou magia branca.
   No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdo da arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), e Binah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach (Vénus), Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte de luz.
   Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos de magia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direito da arvore da vida.
   O pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut (Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) e Kether ( Neptuno), tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito.
   Por isso, eis que se desfaçam todos os equívocos e se leia aquilo que na verdade, são as realidades de todos aqueles que lidam com o mundo espiritual.

Aradia e Il Vangelo delle Streghe (o evangelho das bruxas)

   Aradia é uma personagem importante e interessante na Bruxaria Italiana; eu me arriscaria a dizer em toda a bruxaria até. Algumas coisas foram escritas sobre ela, existe um livro com seu nome, porém alguns mitos foram criados. Tentando esclarecer dúvidas e mostrar um pouco do que é o livro "Aradia, o evangelho das bruxas" e a Aradia, la Bella Peregrina eu escrevo a coluna desta quinzena.
   La Bella Peregrina, nome com o qual ficou conhecida nos montes albanos até a Sicília, tem um significado grande para muitas tradições e clãs da Bruxaria Italiana, como a Ariciana e a Tríade de Tradições - Janarra, Fanarra e Tanarra. Lembrada como a professora e mestra das Streghe, Aradia não queria ser adorada: seu intuito era reviver com os camponeses dos feudos os Caminhos Antigos. Passou seus ensinamentos viajando e conversando, reaproximando as pessoas de suas raízes. Ela apontava a Vechia Religione como um alívio ao massacre religioso do cristianismo da época. Com o tempo, ela passou a ter discípulos, 6 homens (um deles era celta) e 6 mulheres. Quando Aradia passou a ser perseguida, esses discípulos saiam em casais para levar seus ensinamentos a diante. Seu símbolo, após sua partida era, e ainda é, a Chama Sagrada que é acesa no meio do altar. Ela é o fogo perene de seus ensinamentos e de nossa ligação com o Espírito do Caminho Antigo. Por fim, seus discípulos também foram perseguidos e muitos mortos e acredita-se que os pergaminhos, nos quais seus ensinamentos foram registrados, trancados no Vaticano. Alguns documentos históricos indicam a passagem de uma mulher peregrina pelo norte da Itália e indicam que talvez ela tenha passado seus últimos anos na Romênia.
   Os ensinamentos de Aradia têm um cunho de simples entendimento e observação completa da Natureza. Ela fala sobre a Deusa Diana e o Deus Dianus ou Lúcifer; discorre como a Natureza é a maior de todas as professoras; deixa para os camponeses o valor e a importância do casamento baseado no amor e no respeito; sobre a força da sexualidade e sua magia; ela deixa um alerta sobre os cristãos, um cuidado que deveria ser tomado naquele momento de perseguição; e deixa um elenco de 13 "conselhos", que são conhecidos como "Covenant of Aradia": visando a convivência harmoniosa entre todos os seres da Criação.
   O Evangelho das Bruxas foi escrito em 1889 por Charles G. Leland, folclorista inglês e estudioso de diversas culturas. Nesta publicação ele expõe ao público o relato de tradições, costumes e estórias de mulheres que se chamavam streghe (bruxas). A fonte de Leland era uma delas, Magdalena. Não se sabe bem ao certo se o que está no livro é a cópia fiel dos escritos das streghe ou se eles foram romanceados. Ele conta como Diana e Lúcifer deram a vida a Aradia e como ela se tornou a primeira Strega. A Aradia do livro também tem um caráter de professora, mas ela é nascida dos deuses. Existem no texto de Leland também uma larga influência de termos e ideais judaíco-cristãos, como no momento em que diz que Aradia não será como a filha de Caim (este mencionado algumas vezes), e o uso da palavra "amen" no fim de alguns feitiços. Raven Grimassi (1999) ainda coloca que o uso do nome de Lúcifer tenha sido por uma propaganda, o que atiçaria ânimos: será que este povo tem alguma ligação com o satânico? A resposta clara é não, uma vez que Lúcifer é a Estrela da Manhã, ou seja, o Sol - Appolo, o irmão gêmeo de Diana.
   A leitura do Evangelho deve ser feita com critério. Nada do que está lá pode ser levado ao pé da letra. No entanto é mister percebermos que ele traz uma grande gama de tradições e idéias que podem ser bem aproveitadas na nossa prática. Ele é um parâmetro de cultura e ética antiga. Ele deixa claro que se faziam maldições, rogavam pragas e ameaçavam as deidades (como fazem os católicos que penduram santos de cabeça para baixo e afins). Tudo isso era visto como legítimo para essas streghe e como uma coisa corriqueira. Elas não sofriam a influência de uma filosofia mais oriental que fala de kharmas e coisas nesse gênero. Eram camponesas, filhas da Natureza que agiam como tal: pisas no meu pé, eu imediatamente piso no teu. Eu acredito que, de um ponto de vista histórico e social, é impossível fazer um juízo de certo ou errado sobre essas práticas.
   Uma curiosidade sobre o Evangelho está no capítulo XI que descreve um pouco sobre a Casa dos Ventos e sua história. Existem muitas semelhanças com a vida da Aradia histórica.

   Conclusões: existe o fato interessante de alguns relatos do livro se parecerem com práticas neopagãs, como o "Charge of Aradia" que tem grandes semelhanças com o "Charge of the Goddess" apresentado por Doreen Valiente. Além da similaridade com práticas feitas por bruxas italianas de muito antes da publicação do Vangelo (evangelho), como a nudez ritual como símbolo de liberdade e sinceridade, o que traz credibilidade aos escritos do livro - ou pelo menos, parte deles.
   Por tudo que eu li, estudei e pratiquei até agora, a conclusão mais importante é que "os livros são bons conselheiros". Não é possível seguir um livro em 100% dele - isso se torna fundamentalismo. Hoje temos a capacidade e a oportunidade de sermos críticos: bruxos, magistas capazes de reflexão sobre o que lemos, ouvimos e praticamos a fim de não nos basearmos numa verdade infundada e cega.
   Aceitemos que o livro é um ponto de partida, mas é necessário desprendimento e vontade para saber mais a fundo sobre, por exemplo, quem foi Aradia, qual a importância de Diana, por que Lúcifer é citado e quem ele é realmente para que não nos tornemos meros repetidores de versos. Sejamos bruxas e bruxos responsáveis e cientes de nosso papel como tais: investindo em nosso conhecimento e crescimento.

Os Dons de Aradia

   No séc. XIV, Aradia ensinou que os poderes "tradicionais" de uma Bruxa pertenceriam àqueles que seguissem a Velha Religião. Ela os chamo de Dons, porque ela colocava que são apenas "um adicional" aos poderes de uma verdadeira bruxa, e não a razão pela qual alguém deveria ser tornar uma ou seguir La Vecchia. Estes são os seguintes:

1. Atrair sucesso nos assuntos do coração
2. Abençoar e consagrar
3. Falar com os espíritos
4. Saber das coisas ocultas
5. Chamar espíritos
6. Conhecer a Voz do Vento
7. Ter o conhecimento da transformação
8. Ter o conhecimento da divinação
9. Conhecer os Sinais Secretos
10. Curar males
11. Trazer a beleza
12. Ter influencia sobre as feras selvagens
13. Conhecer os segredos das mãos.

   Aradia também ensinou que uma Bruxa deve seguir aos Ritos Sazonais e os momentos da Lua Cheia para manter os dons.

INTRODUÇÃO

   Iniciaremos com um pouco de História. A Itália passou a ser o país como o conhecemos a pouco mais de 100 anos. Antes disso, era apenas a península Itálica, dividida em diversos reinos. Voltando um pouco mais no tempo, mais ou menos a 1000 ac, vemos esta região populada por diferentes povos: dos etruscos, altamente desenvolvidos tecnologicamente para a época, passando pelos Latinos e terminando nos Villanovanos, que são considerados os indo-europeus do local. Neste momento histórico, os romanos ainda não são donos de um império e os gregos mostram muita influência sobre estes povos. A religião etrusca é influenciada pelos gregos e as práticas dos neolíticos,“ passando sua influencia, agora, para os romanos “, que nunca foram detentores de uma cultura própria. Este caldeirão de culturas deu origem à Itália e sua Vecchia Religione.
   A Vecchia Religione ou Stregaria é a velha religião ligada a Natureza (como a Wicca), é a bruxaria italiana. Em italiano temos palavras para designar bruxa e bruxo que seriam, strega e stregone, respectivamente. Há também uma palavra para coven, boschetto.
   Na Itália central, as bruxas adoravam a deusa Diana e seu consorte, o deus Dianus. Fora de Roma, na região dos Montes Albanos, elas se reuniam nas ruínas de um templo de Diana, às margens do Lago Nemi.
   No século XIV, uma mulher muito sábia que se “intitulava” Aradia, renasceu a Velha Religião. Deste esforço, se formaram três tradições, que em origem, eram uma só. As tradições são conhecidas como Fanarra, Janarra e Tanarra. Coletivamente, são conhecidas como a Tríade de Tradições.
   A Fanarra é original do norte da Itália e são conhecidos como Guardiões dos Mistérios da Terra; a Janarra e Tanarra são do centro da Itália. A Janarra é conhecida como Guardiões dos Mistérios da Lua e a Tanarra dos Mistérios das Estrelas. Cada tradição tem um “líder” chamado Grimas. Ele deve ter conhecimento das outras duas tradições e sua função é fazer com que a sua tradição continue. \
   Existe também a tradição Aridiana proveniente da vila de Arida – dizem que as maiores parte dos discípulos de Aradia vieram desta localidade no centro da Itália. As maiorias dos praticantes modernas da Stregaria seguem essa tradição. A maioria dos ritos desta apostila são Aridianos.
   Como uma religião baseada na natureza, os Aridianos reconhecem a polaridade de gênero dentro da Ordem Natural, e personificam isso como A Deusa e o Deus. O ano é dividido em meses do Deus (outubro a fevereiro) e meses da Deusa (março a setembro). Ambos, Deusa e Deus, são reverenciados e são iguais em importância. Um detalhe é que durante os meses do Deus, os rituais são feitos com robes/ túnicas e nos meses da Deusa, sem roupa alguma. Outra coisa é que durante os meses do Deus, o sacerdote se ocupa de mais “incumbências†nos esbaths.
   Os grupos/ covens da tradição Aridiana possuem diversos cargos. Estes são de Sacerdotessa e Sacerdote; em seguida vem a Dama D’onore e La Guardiã, que são respectivamente, a Donzela que auxilia a Sacerdotisa nos rituais, e o Guardião que é responsável pela segurança da Sacerdotisa (o que de fato é interessante, pois não vivemos mais em uma época de perseguição, ou não deveríamos :)). É interessante também ressaltar a similaridade com o sistema gardeniano e alexandrino. Os sacerdotes são a representação dos Deuses nas encenações dos rituais...

Stregherie

   A velha religião na Itália começou com os povos Etruscos que apareceram na Itália por volta de 1.000a.c, por serem povos místicos e possuidores de conhecimento de magia eles influenciaram em muito a religião da Itália.
   Os povos Etruscos deixaram tumbas magníficas decoradas, pintadas e ás vezes com jóias armas, utensílios de uso pessoal, todos esses objetos indicavam o nível social da pessoa que ali estava enterrada, acreditavam na vida após a morte e que os deuses se fossem bem celebrados durante suas vidas na terra, poderiam lhes reservar uma boa vida após a morte.
   Os deuses ocupavam um lugar importante na vida dos Etruscos, influenciavam seus comportamentos, seus relacionamentos e a idéia principal dos Etruscos era o poder que os deuses podiam emprestar "aos humanos", portanto o poder divino era consciente entre os Etruscos, com seus hábitos, sua religião e seus conhecimentos influenciaram sobre maneira toda a região da Itália.
   A vinda do cristianismo na Itália determinou a queda do Paganismo e os cultos mágicos aos deuses foi considerado ilegal .As sacerdotizas de Diana se refugiaram em vilas isoladas... onde hoje é encontrado o templo de Diana em ruínas, portanto a Velha Religião foi conservada nessas áreas rurais e o seu conhecimento existem até hoje na Itália moderna.
   A perseguição das bruxas na Itália não foi violenta como foi em outros países pois as bruxas italianas se concentravam em vilas isoladas e eram geralmente muito bem toleradas.
   A bruxa italiana chama-se Stregha e o bruxo italiano chama-se Streghone e o coven de bruxos é chamado de Boschetto A Stregheria também tem várias tradições conforme as regiões da Itália, por exemplo na Sicilia, norte da Itália, sul da Itália etc...
   Na Stregha é muito importante os laços familiares, os espíritos que protegem e preservam a antiga religião e seus conhecimentos. Ha muitas diferenças entre as bruxas americanas e as bruxas italianas, essas diferenças além de serem históricas são devidas a diferentes tradições e diferentes crenças. Os Estados Unidos fica muito longe da Itália e numa época passada, nos tempos primitivos é lógico que o conhecimento da Itália eram diferentes dos conhecimentos americanos assim como a sua história, por exemplo: uma bruxa Strega nunca ouviu falar sobre karma há tempos atrás, por que o conceito oriental místico só chegou na Itália neste século, portanto não se escutava falar sobre tantra, I'ching, chákra, yoga, estes conceitos não estavam presentes na Itália no ano de 1.300... Como a Stregha italiana têm seus alicerces na velha religião praticada nessa época, genuinamente ela não usa conceitos orientais .
   Outro exemplo: Na Itália temos quase 200 dialetos diferentes, o que originam diversas formas de conhecimentos, tradições e clãs.
   A magia Stregha usa muitos objetos da natureza, amuletos, talismãs, adivinhações, feitiços, os círculos mágicos também são feitos, é muito comum se encontrar chaves feitas de ouro ou prata, tesouras ferraduras, pérolas, fitas vermelhas e sal.
   Já foi dito que é muito importante os laços familiares na bruxaria Stregha e geralmente a iniciação de uma bruxa Stregha começa desde o momento de seu nascimento. as mulheres mais velhas da família gradativamente vão oferecendo conhecimentos para a iniciada e vão notando quais os dons que esta iniciada nasceu com eles.
   Isto também se dá com os meninos que florescem mais tarde na magia que as meninas.

A herança de Aradia

   Trago a questão da herança. Resolvi pegar um dos pilares mais tradicionais das práticas de Stregheria - ou de qualquer vertente mais tradicional (e hereditária): o sangue. Para muitas streghe, ele é o passaporte para a entrada nos "mistérios". A herança do sangue é bem forte e une muitos clãs e praticantes. Para alguns, o simples nascer em determinada família já é um rito iniciático. A questão central aqui é: fazer parte de uma família, ter uma descendência "mágicka" conta - e muito! Muitas famílias não abrem seu livro mágicko ou sua linhagem para ninguém e os únicos estranhos são os cônjuges dos filhos.
   "Poxa vida... então, se eu não vier de uma família bruxa, nada feito?", alguns podem estar pensando. 
   Na verdade, muitas trilhas levam ao Caminho. Algumas streghe acreditam que o processo evolutivo permite aos iniciados estar sempre juntos dos seus - porém, nada garante que com o mesmo sangue terreno. Eu acredito fortemente nisso. Alias, vale observar as pessoas que seguem religiões africanas; tradições de sangue negro. Muitos têm esse sangue correndo em suas veias, no entanto alguns daqueles que se dedicam e se iniciam são de descendência preponderantemente européia. O que as traz até o terreiro? Aleph, meu companheiro mágicko, diz "que são pessoas de alma negra". Quem remexeu caldeirão uma vez, fatalmente o fará novamente.
   Aqui então se firma um ponto interessante: não importa de onde vem a sua ancestralidade, mas para onde ela te leva - além de sabermos reverenciar isso com propriedade.
   Se seus avós são como os meus, católicos e espíritas, isso não impede que ninguém de trilhar uma estrada de (neo)paganismo. Nossos rituais e nomenclaturas podem ser diferentes, mas nossa essência é como a água: molda-se ao recipiente que a carrega. Procuramos o divino; eu o vejo no Sol, na Lua ou na Terra, mas minha família o vê em Jesus. Ainda assim, somos uma família e temos nossas particularidades e cultos: somos a nossa tradição.
   Esta é a herança de Aradia. A famosa figura da Stregheria - principalmente pelas mãos de Charles Leland e seu Gospel - traz essa força: de quem volta às suas origens e as incorpora, saindo depois para levar a outros este mesmo processo. Eu penso que este é um processo que tem de acontecer para entrarmos em processo iniciático. Algo como "Conhece a ti mesmo". Se conhecer é tirar o primeiro véu de seus olhos e assumir sua personalidade mágicka - independentemente de qual seja seu Caminho. Ao centrar meus estudos na Bruxaria Italiana, recebi uma grande oportunidade: a de poder olhar os meus e entender melhor por que estava fazendo aquilo (e por que continuo).
   Eu creio que esta é uma das lições da mestra Aradia. A lição de trazer seu sangue e honrá-lo. Isto é dizer aos seus ancestrais: "não me esqueci de quem somos!".
Benedizioni di Diana.
 
WICCA

   O que é a Religião Wicca?A Arte (como é chamada a religião Wicca) é uma religião de amor e alegria, também é uma religião xamânica, pois prega a existência de mundos paralelos ao nosso e a possibilidade de contato com os seres deste outros mundos , ao contrário do cristianismo não prega a felicidade unicamente após a morte.
   A simpatia pela natureza se deve a um sentimento arraigado de pertencermos a ela e não a idéia de que Deus criou a natureza para ser dominada e explorada pelo homem. Um animal é um irmão, assim como uma pedra ou uma árvore. A mulher tem um papel muito importante na Bruxaria pois como mãe ela é uma personificação da Grande Mãe Natureza.
   Devido a civilização o Homem moderno perdeu grande parte de sua conexão com a Terra, mas este não é o caso do bruxo, mesmo neste mundo mecanizado e sofisticado o Wiccanianos mantêm seu vínculo e culto a Mãe Natureza, pois reconhecem seu poder e percebem sua alma (Anima Mundi).

Filosofia

A pedra angular da Bruxaria e seu credo é:

1- Praticamos uns ritos para nos colocar em harmonia com o ritmo natural das forças naturais marcadas pelas fases da Lua e das Estações.
2- Temos consciência de que nossa inteligência nos outorga uma responsabilidade única em relação ao meio ambiente Pretendemos viver em harmonia com a Natureza, num equilíbrio ecológico e respeitando a vida dentro de um conceito evolucionário.
3- Reconhecemos um poder maior do que o detectado pela pessoa comum, tão forte que pare sobrenatural, porém que encaramos como algo que pode ser alcançado por todos.
4- Cremos num poder criativo do Universo que se manifesta através da polaridade- como masculino e feminino e, este mesmo poder reside em todas as pessoas e opera mediante a interação do masculino e feminino. Valorizamos a ambos por igual, sabendo que cada um é o apoio do outro. Valorizamos o sexo como prazer, como o símbolo e manifestação da vida .
5- Reconhecemos tanto o mundo externo como o interno ou psíquico, às vezes conhecido como mundo espiritual , O Inconsciente Coletivo, ou Planos interiores, vendo a interação entre estas duas dimensões como base para os fenômenos paranormais e exercícios mágicos. Prestamos igual atenção às duas dimensões, considerando ambas necessária para nossa realização.
6- Não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos os que nos ensinam, respeitamos os que compartilham seus conhecimentos e sabedoria e respeitamos os que valentemente se dedicam a serem mestres.
7- Consideramos que a religião, a magia e a sabedoria nos unem em nossa forma de contemplar e viver dentro do mundo e identificamos esta filosofia e visão mundial com a bruxaria o caminhos dos Wiccanianos.
8- O chamar-se bruxa/o não constitui uma bruxa, nem a herança em si, nem a coleção de títulos, graus ou iniciações. Uma bruxa pretende controlar as forças vitais dentro de si mesmo a fim de viver sabiamente, em harmonia com a Natureza e sem prejudicar ninguém.
9- Afirmamos nossa crença na vida, no progresso da evolução e no desenvolvimento do conhecimento , os quais dão significado ao Universo conhecido por nós e nosso papel dentro dele
10- Nossa única rixa com outras religiões é quanto a serem o único caminho, privando a liberdade aos demais e suprimindo outras práticas e crenças religiosas
11- Não nos preocupamos com debates sobre a história da Arte, origens e legitimidade de diferentes tradições, interessamo-nos só pelo presente e futuro.
12- Não aceitamos o conceito de mal absoluto, nem adoramos nenhuma entidade maligna.Não buscamos o poder através do sofrimento dos demais.
13- Cremos que devemos buscar dentro da Natureza para nossa saúde e bem-estar.

   Verdades e MentirasExiste uma enorme diferença o que é visível e o que a Wicca realmente é; porém, como é difícil traduzir seja em palavras ou algo perceptível e palpável, também é compreensível sua banalização, como forma de popularizar ou introduzir os interessados neste tema, mesmo que, algumas vezes, esta forma cause equívocos ou traga conseqüências negativas, pois mesmo esta é uma forma de aprender; afinal também se aprende com os próprios erros.
   Tentando dissolver as brumas que encobrem o assunto: a Wicca é o nome dado para antiga religião praticada pelos povos Celta, também conhecida como bruxaria ou a “Arte”.
   Como sua origem é européia não tem relação, exceto algumas similaridades, com práticas de povos orientais, africanos ou indígenas, muito embora coexista tranqüilamente com estas, pois respeita o que de melhor cada povo desenvolveu.
   É uma religião, filosofia e estilo de vida, transmitida por tradição oral, muito embora possuíssem escrita, os Celtas não usavam a escrita para registrar ou fixar seus procedimentos, pois consideravam que escrevendo limitavam o desenvolvimento desta religião, que tendo uma linha diretriz poderia ser maculada pelas contingências, valores, conceitos e até mesmo interesses de uma época.
   Esta falta de um código escrito possibilitou a ocorrência de duas coisas; uma muito positiva, a sua evolução e atualidade, pois tendo crescido em células familiares se desenvolveu sem grandes pretensões de atingir o grande público, mantendo também sua essência. Outra conseqüência foi que se criasse e atribuísse a Wicca conceitos, práticas que não lhe pertenciam, o que é bem óbvio para quem entende o seu cerne e sabe que muitas vezes colidem, mas que para o grande público passa imperceptível, incorporando práticas de outras tradições, talvez com intuito de completá-la, só que ela é completa.
   É difícil aceitar como positiva esta miscelânea, pois cada tradição é o substrato filosófico e espiritual de uma cultura, liga cada povo à sua Egrégora, ou melhor, explicando, quando praticamos as tradições de nosso povo reforçamos os laços de identidade cultural, vínculos com o plano espiritual correspondente e com nossos mentores. O ecletismo forma uma cultura homogênea que nivela por baixo, para ter aceitabilidade, mutila conceitos e valores de suas tradições de origem transformando-as em meras práticas para o alcance de objetivos bem distantes do conteúdo espiritual a que se destinavam primordialmente, não promovendo, portanto, nem crescimento, nem equilíbrio e nem espiritualidade.
   A propósito deste tema, esta miscelânea espiritual, o filósofo americano Ken Wilber denominou este processo de adoção seletiva de alguns valores e conceitos de uma filosofia para a sua aplicação fora de contexto, de “Boomerite” para ele este fenômeno apareceu com a geração pós guerra ( os Baby Boomers) , que pretendendo entender os valores orientais, adotaram práticas como a meditação budista buscando a iluminação e transcendência que as religiões do Ocidente não promoviam, só que desconsiderando o fato de que estas práticas vem de um contexto de valores e costumes de um povo que são impraticáveis no mundo ocidental, praticas assim fora de contexto criam um falso verniz de consciência e evolução sem desatar nós internos.
   De modo que sendo a Wicca uma tradição ocidental é uma fonte mais fácil de ser assimilada por ocidentais.
   Não que isto signifique que seja superior, ou melhor. A Wicca não é uma religião de massa, seu caminho é para os buscadores individuais que estejam dispostos a desenvolver a consciência, a identidade e a conexão com a própria alma.
   A Arte é freqüentemente associada a feitiços, ritos para a obtenção de algo, como se sua finalidade fosse exclusivamente esta, uma interpretação errônea do fato de utilizarmos materiais e o auxilio de força elemental de plantas, pedras, fogo etc. em rituais, por que desenvolvemos a capacidade de acessar a consciência presente em tudo, interagimos com ela podendo, também pedir o auxílio.
   A prática da magia é uma conseqüência de longos anos de treino para o desenvolvimento da consciência, a percepção de universos paralelos e a criação do que chamamos de personalidade mágica, um senso de identidade ampliada que suplanta a comum. Assim, a mera execução de feitiços descritos em livros ou sortilégios não são operações de magia é preciso estar habilitado para executá-las, aliás, quando se está habilitado nem é preciso executa-las.
   O desenvolvimento da percepção nos habilita a lidar com experiências de limiar ,ou “entre mundos”(momentos ou situações de transição como fases da Lua, as estações do ano e seus quartos,chamados festivais entre outros incluindo transições pessoais, fases de crescimento etc.). Esta percepção traz consigo a capacidade de avaliar com reverência o poder contido nestes momentos como portais.
   O desenvolvimento da consciência é um tanto parecido, pois através da consciência acessamos estes portais. A consciência não se forja senão com empenho, não se pula etapas, não se acessa um determinado portal com a exceção de um rito se não houver desenvolvido a consciência necessária para assimila-lo , quanto muito, o que pode acontecer é que se tenha impressões distorcidas, maculadas pela própria ignorância e dificuldade em interpretá-las, não trazendo nem crescimento, nem evolução, pelo contrário pode causar desequilíbrio psíquico, como no caso de alucinações, medos etc., resultados comuns em praticantes inexperientes que querem alçar vôos mais altos sem a devida competência.
   A personalidade mágica é o resultado de um processo de auto-transcendência e é pressuposto para que ocorra a iniciação, quando se recebe um novo nome com o qual passa a se apresentar diante do plano espiritual que o recebe como iniciando o caminho. A iniciação não é conferida pela bruxa/o mais experiente, ela é confirmada num rito onde o iniciado sela seu compromisso, mas depois da autorização do plano espiritual .
   O treinamento mágico inclui não apenas um conhecimento teórico, o desenvolvimento espiritual, o auto-conhecimento, o desenvolvimento de habilidades psíquicas, como também uma prática de desenvolvimento integral, por isso envolve assuntos tão díspares como culinária, sexualidade , uso medicinal e mágico de plantas, ervas, cristais, exercícios entre outros; acreditamos que a evolução só se dá se todos os aspectos evoluírem, pois desenvolver a mente sem desenvolver o emocional, ou psíquico e o espiritual descompassa e dissocia o indivíduo de sua natureza e ritmo e da Natureza, o desenvolvimento deve ocorrer em seus múltiplos aspectos, só se alcança outro nível quando todas as partes de si mesmo alcançaram este nível.
   Os estados alterados usados na bruxaria devem ser alcançados naturalmente, caso contrário não há desenvolvimento da consciência, mas da inconsciência.
   A Wicca também é confundida com movimentos culturais e modismos adotados pelos jovens. De um lado as novas gerações vêm de encarnações onde esta prática foi difundida, mas nascendo no contexto de hoje, os jovens podem misturar coisas que não correspondem ao estilo de vida wicca.
   Um exemplo é o uso da roupa preta símbolo de introspecção e recolhimento não é nem uniforme de bruxo, nem uma forma de ser reconhecido como tal.
   O mesmo se dá com os amuletos e pentagrama que embora possam ser de grande beleza, não são meros adornos.
   Quais são os valores wiccanos? O estilo de vida natural, vital, primordial. Acreditamos que a formação dos valores atuais tornou a alimentação artificial, os relacionamentos artificiais e papéis artificiais.
   Como no caso no essencial masculino e feminino a homogeneidade dos papéis violou a essência sob a égide de uma causa aparentemente nobre, a igualdade de direitos e deveres, perdeu-se a noção de que antes era preciso reconhecer as desigualdades. Assim como no caso do budismo Boomerite os ocidentais estavam desacostumados demais em respeitar os direitos femininos, não souberam realizar o processo de recuperação destes direitos de forma sábia, provocando profunda desorientação nos relacionamentos.
   Como wiccanos buscamos o feminino e masculino primordiais traduzidos em nossas divindades, mas reconhecemos que houve conquistas no movimento feminista, inclusive o próprio ressurgimento da Wicca , já que a imagem da bruxa, não a velha feia e má, mas a mulher madura ,dona de si e sábia condizia muito com o papel que as feministas pretendiam ter, o seriado a feiticeira dos anos 60 é uma confirmação deste fato.
   Mais tarde no movimento hippie outro valor wiccano veio à tona, a liberação sexual, com conseqüente mais liberdade no vestir e lidar com o corpo.
   Nos anos 80 a busca por formas alternativas de cura e o aparecimento do movimento ecologista, resgatou a idéia de que a Natureza e nós fazíamos parte de um grande organismo vivo Gaia (conceito de James Lovelock), que precisávamos lutar pela vida, movimento que mobilizou indivíduos em todas as nações e pressionou governantes a mudarem o enfoque da exploração de recursos, a bruxaria sempre considerou a Terra uma Deusa e sempre considerou os seres vivos colegas.
   A idéia superior e mais abrangente sobre a sacralidade do Planeta também foi tratada por Ruperti Sheldrake em Renascimento da Natureza, onde apresentava o conceito de campos mórficos (alma) de plantas e lugares,algo como uma consciência que transmitia informações a indivíduos da mesma espécie,e incentivava a que mais do que preservar ou conhecer os lugares voltássemos a realizar peregrinações e realizar rituais em locais conhecidos como sagrados, centro de força (limiares, entre mundos), para que a nossa atitude reverente agregasse ainda mais poder a estes locais, conceito que justifica todo empenho de bruxos em realizar as celebrações em locais abertos na Natureza, agradecendo e abençoando a fertilidade da Terra.
   Na Europa estes locais sagrados, os nemetons e fontes sagradas onde os druidas realizavam seus rituais deram lugar à construção de igrejas, mantendo ainda assim o seu poder. Para a bruxaria a Natureza intocada é por si só um templo, tendo a abóbada celeste como limite, idéia da prática da magia dos lugares é por que neles a energia telúrica e astral é maior, fator que colaboraria com a intenção desejada, semelhante ao que no oriente chama-se Feng Shui.
   Mas não só as florestas de carvalho possuíam a força da natureza, mas o ser humano também, em seu corpo, mais precisamente na área sexual, justamente por sua função criadora. Aí então chegamos a um dos valores wiccanos mais polêmicos, pois enquanto outras filosofias consideram o sexo e a matéria em si como inferiores ao espírito, os wiccanos consideram-na o espírito corporificado e sem uma sexualidade saudável não há desenvolvimento integral e mais, esta sexualidade integrada abarca todas as orientações. Já seria controverso atribuir poder ao feminino e a Natureza frente as filosofia patriarcais, mas a idéia de uma sexualidade sagrada, tendo o corpo como templo, com ritos envolvendo sexo, eram valores audaciosos demais e até hoje sofremos preconceitos por isto.
   Para os bruxos algo só é superior se puder abarcar ou transcender o que é inferior, nunca excluir, assim se possuímos um corpo tudo nele é natural e passível de ser um fator que contribua a nossa evolução.
   Outro valor igualmente polêmico dentro da bruxaria é a possibilidade de contato direto com as divindades, por ser uma religião xamânica e sacerdotal é pressuposto que seus praticantes se desenvolvam a fim de obter contato com plano espiritual, não há fiéis, ou seja, leigos que obtenham orientação por meio do sacerdote. Esta comunicação pode ser realizada pela via xamânica, por sonhos e ainda complementada por oráculos, presságios e observação astrológica.
   Pode parecer superstição para as mentes mais racionais ou céticas, mas para alguém com percepção ampliada é possível “ler” a vontade de Deus em tudo, por que a vida esta em perfeita comunicação com quem sabe ouvir. Daí muitos bruxos terem sido considerados profetas.
   Outro valor importante é o de respeito a crença e filosofias diferentes da nossa, não queremos converte ninguém, cada qual deve seguir o que seu entendimento considera melhor, mas que não misturemos tradições o que nos afastaria de nossa família espiritual.
   A bruxaria nunca foi “anti” alguma coisa, existe muito trabalho interno de que se ocupar para haver preocupação de se opor a algo.
   Quanto muito, nos dedicamos a escrever e esclarecer usando dos meios disponíveis para retirar as brumas que séculos de perseguições nos envolveram e que praticantes mal informados acrescentaram, resgatando o tesouro espiritual do Ocidente da marginalidade, pois cedo ou tarde, as pessoas gostarão de reencontrá-lo para saciarem sua sede de espírito.
   O ChamamentoA bruxaria é o caminho de viajantes, de buscadores antigos que respondem a um chamamento interno.
   Esse chamamento se manifesta de diferentes maneiras. Pode ser através de um profundo e inexplicável interesse por História ou por Mitologia, por uma intensa necessidade religiosa e espiritual, que as crenças mais acessíveis não conseguem satisfazer, ou por uma marcada atração por livros e filmes que abordam o tema.
   Mas, talvez, o caminho mais comum que traga as pessoas à Antiga Religião seja a tentativa de compreender o medo. O medo de não sei bem o quê, misto de interesse, preconceito e curiosidade que não se consegue apagar e, embora incômodo, permanece como uma forte tentação na qual se teme cair. Esse medo também pode se manifestar através de alergias a incenso, medo de facas ou de fogo. Pode soar estranho que um chamamento venha através do medo, mas, se lembrarmos as perseguições que durante séculos os adeptos da Antiga Religião já sofreram talvez a presença do medo se torne mais compreensível.
   Existe, ainda, outro tipo de chamamento que podemos nomear como cármico. Se em outras vidas o trabalho espiritual que vinha sendo feito foi interrompido por alguma razão e permaneceu incompleto, ele retorna cobrando a finalização. É como se o tema que estava sendo trabalhado retornasse insistentemente até que o conhecimento necessário fosse alcançado.
   Há, também, chamamentos que acontecem a partir de situações inesperadas tais como sonhos ou o reencontro com parceiros de alma ou sensações de déja vu.
   Mas, seja qual for o caminho através do qual o chamamento se manifeste, sua principal característica é que, quando o acolhemos, a alma se aquieta e é inundada pelo sentimento de que, finalmente, estamos retornando para casa.
   Treinamento em bruxaria para quem? Para os que estão sendo chamados.

ASTROLOGIA
  
   O que é a Astrologia?A Astrologia é um estudo que correlaciona os movimentos dos corpos celestes com acontecimentos e comportamentos do homem na Terra. Abrange desde o efeito nas marés, mudanças de humor das pessoas, ciclos econômicos e políticos, fenômenos geológicos, movimentos culturais e artísticos, na agricultura, na saúde, etc.
O que ela pode oferecer?
   Através de um diagrama que traduz as posições planetárias no momento de nascimento, é possível extrair as tendências de personalidade, vocações, e potenciais, assim como orientar caminhos para vencer as dificuldades, baseando-se numa Lei de correspondências, semelhante a usada pela Homeopatia.
   Diante de outras áreas do conhecimento que dão orientação, a Astrologia tem vantagens. Uma delas é a possibilidade de lidar antes que os problemas tenham surgido, ou que, características negativas tenham se cristalizado. Outra, a possibilidade de dar uma ajuda personalíssima, pois a Astrologia, como instrumento de valorização do ser humano, considera que cada um é único e desta forma deve ser tratado.
   Ao contrário do que se supõe, a Astrologia não trabalha com o fatalismo. Afirmar que existam predisposições inatas, não afasta a possibilidade de livre-arbítrio, mas instiga a que ele seja usado de forma consciente.

Tipos de serviços oferecidos: Mapas

Mapa Astral Natal
   Traduz potencialidades, pode ser interpretado com enfoque mais prático, ou com abordagem cármica, buscando as origens espirituais de cada tema.

Mapa Astral Infantil
   Mapa natal direcionado para ajudar os pais na educação, para compreender melhor o filho, encaminhá-lo ao desenvolvimento de dons, evitar conflitos, traumas e prevenir problemas de saúde.

Mapa Astral Vocacional
   Especialmente indicado para quem esteja em dúvida quanto à vocação e as possibilidades de sucesso.

Mapa Astral Profissional
   Análise das condições da carreira como aprimorar pontos fortes e superar pontos fracos e perspectivas de futuro. Além do mapa, existe um trabalho de acessoria, treinamento e orientação de carreira.

Mapa Astral Empresarial
   Análise do mapa da empresa, compatibilidade dos sócios e com o negócio em si, o perfil de cada um para o bem da empresa, perspectivas de futuro do negócio, escolha da melhor data para lançamento de produtos, campanhas publicitárias e outros.

Mapa Astral Animal
   Bicho também é gente. Bom para escolher bichos com maior afinidade, entender seu temperamento, saúde e períodos bons ou ruins.



TAROT
   O Tarot é um excelente instrumento para entender uma situação presente e diminuir dúvidas de curta duração (até 3 meses). Também é utilizado como portal e instrumento de magia e cura.
Tecendo o caminho
   Conhecido principalmente como instrumento oracular , que é, o Tarot, possui também uma função mágica.
   Meu baralho favorito o Tarot Mitológico se presta mais para esta finalidade por repesentar as divindades da mitologia Greco-romana.

   Em sua função oracular, laica, o tarot traduz o cenário de um determinado momento na vida do consulente, de onde se pode extrair alguma orientação, nesta função o consulente permanece na condição passiva, à merê de um destino que , quanto muito pode contornar.
   Em sua função Mistica e mágica, o tarot abre portas, caminhos entre dimensões e propicia contato com os seres destas dimensões, possibilitando-o agir magicamente, de forma que o trabalho com o tarot desta forma realizado torna-se uma via iniciática pela qual o indivíduo encontra suas chaves importantes para seu desenvolvimento.

ALMAS GÊMEAS
   Para encontrar o amor verdadeiro da alma, é preciso estar em sintonia com a missão de alma de cada um e comprometimento com o desenvolvimento espiritual. Com orientação é possível encontrar o caminho que leva a esta realização.
O que Deus uniu, o homem não separa.
   A inquietude das pessoas destrói o que é visível porque ainda não encontraram o que lhes completa. O homem busca incessantemente o poder político, financeiro, a sedução. Ele tenta, de todas as maneiras ser e permanecer independente, e provar a si mesmo que é capaz de tudo.
   Nós não somos independentes como pensamos, mas fazemos parte de uma mesma alma em corpos separados: a Anima Mundi. O Universo é uma grande alma e tudo nele tem vida — portanto, somos parte de uma cadeia e o papel de cada alma fragmentada é evoluir, aprender e se unir à sua metade para cumprir o que veio realizar na Terra.
   Digo fragmentada pois podemos considerar uma fragmentação estarmos longe de nossa cara-metade, nos sentindo partidos, com saudades de algo que não sabemos o que é. Procuramos em rostos, nomes, cheiros, gostos, sonhamos com seres luminosos que envolvem nossas almas e corações de felicidade. Quando isto ocorre é inegável: a alma está dominando a razão.
   Quem nunca sonhou com seu par perfeito, dormindo ou mesmo acordado? O sonho de quase todos é ser querido, compreendido, aceito, admirado, sentir a plenitude nos olhos do amado sem precisar dizer nada, pois nos vemos nele. Existe também outra forma de fragmentação, quando a pessoa perde partes da alma durante suas vidas presente e passada através de experiências de medo, dor, decepção, tristeza, traumas, vícios, etc. Isso vai tornando cada vez mais difícil o encontro da alma-gêmea pois, pois ela já não consegue reconhecer na outra aquilo que lhe encaixa.
   Para se unir a alma-gêmea é preciso realizar um profundo trabalho interno, pois certas leis cósmicas não devem ser transgredidas. Amar a si mesmo é um fator fundamental, mas nem sempre é tão óbvio saber quem é este si mesmo. Em nossas vidas, tantos fatores colaboram para nos despersonalizar que nossa essência vai se perdendo e, sem saber quem somos, estaremos sendo aquilo que os outros esperam nós. Assim, não conseguimos nem nos amar, nem reconhecer quem é o nosso verdadeiro par, de modo que começamos a lutar para satisfazer anseios estereotipados sem sequer definir o tipo de sentimento envolvido nos relacionamentos.

Amor Verdadeiro
   Existem vários tipos de sentimentos. Os positivos mais conhecidos são amor, paixão, amizade; os negativos são ódio, inveja, vingança e a necessidade de compensação que resulta na projeção. Muitas vezes esses sentimentos negativos estão tão profundos no inconsciente, que a pessoa pensa estar buscando um amor quando, na verdade, é movida pelo desejo de sexo, posse, etc, o que cria e perpetua vínculos cármicos. Assim, perde-se cada vez mais a possibilidade de estar com o amor real, resultado da ausência de amor próprio, de egoísmo, de viver de expectativas em função dos outros, o que leva a tristezas, depressão e infelicidade.
   Existem casais egocêntricos que geram a destruição de si mesmos e de outros, sem nenhum interesse em transcender o seu Eu inferior, tendendo à arrogância e sofrimento em vários níveis. O amor verdadeiro é diferente da pura atração física e do amor mental, que é uma mera identificação de idéias.
   Quando a pessoa busca o sucesso a qualquer custo, esquecendo que faz parte de uma mesma alma em corpos separados, surge um extremo desequilíbrio que afeta a sua outra parte. Não somos separados e, mesmo inconscientemente, uma das partes trabalha para o sucesso da outra, mesmo sem estar por perto ou conhecê-la. Por exemplo, quando alguém é muito bem sucedido na vida, pode estar certo de que sua outra metade também está colaborando para isto, pois o propósito da alma nos propulsiona em nossa vocação.
   Assim são tecidos e entretecidos os destinos humanos. Eles nascem nos infinitos e infindáveis pontos de luz, crescem, partem e se misturam, até que, dois seres mutuamente destinados se tornem um. Muitas vezes eles ficam emaranhados e perturbados por influências externas- mas são as interferências que eles mesmos permitiram por fraqueza ou por medo. O emaranhado é sempre desfeito pelo Tempo, os fios partidos são novamente unidos na Eterna trama do Espírito e da Matéria. Nenhum poder humano ou divino pode separar totalmente as vidas que Deus ordenou que juntassem. O comando do homem não é o comando de Deus! Os fios impróprios do tecido se partem, não importa como nem quando! O Amor deve ser ternura mas também resolução! O Amor não deve desviar-se de seu compromisso! O Amor tem que ser tudo ou nada!”.
   Assim, a alma-gêmea está trabalhando com todo o amor para isso, pois o trabalho tem de ser feito em conjunto, com as almas unidas para a evolução.
   Eis aí uma explicaçãozinha para tantas diferenças sociais e econômicas, e essa balança há muito está em desequilíbrio. A partir do momento em que todos se reconhecem, o trabalho é dividido, a estrada fica mais larga e o objetivo de alma se cumpre plenamente. Porém, até chegarmos a esse ponto é preciso obter mérito, conseguir a integridade da individualidade, coerência de corpo, mente e espírito. O trabalho interno para se atingir essa coerência pode precisar de auxílio externo, de um curador espiritual.
   Quando a pessoa se sente pronta e inteira, saberá reconhecer sua alma-gêmea, que se aproximará como se fosse por mágica. Mas, mesmo então, é necessário saber mantê-la. As duas partes precisam estar inteiras e livres de carma, senão, existe o risco da perda.
   Um dos fatores que pode causar desunião é a força da sociedade, que empurra para a competição, para o desamor e para a briga desleal pela sobrevivência, o que consome nossos melhores valores e nos deixa com a nostalgia de que se poderia ter feito algo melhor. Encontrar a alma querida não é para qualquer um. É necessário despir-se de apegos e resgatar o seu Eu Superior. E quando se tem a alma-gêmea por perto, o trabalho não pára, pois aí vem a missão divina de auxiliar os outros, que estão tateando sobre vagas lembranças e se enganando com cada rostinho bonito.
   O destino de duas metades é caminhar em direção ao Criador; o desejo último de toda alma é voltar para o Todo.
   Também é importante saber que para tudo há responsabilidade e preço. Não adianta pensar que desistindo de seu objetivo você estará livre da responsabilidade: mais cedo ou mais tarde chegará a cobrança. As almas-gêmeas devem estar em equilíbrio. Nem tanto no espírito, para não ficar só no sentimento fraterno, e nem tanto no físico, para não se restringir unicamente ao sexo.

Sintomas
   O que Deus uniu o homem não separa. Antes de vir à Terra, o casamento já foi realizado no plano espiritual, assim como as escolhas, talentos, alegrias, dons, nobreza, pobreza, etc. — tudo para cumprir sua missão de alma que, consequentemente, traz a grande Lei que é o amor, pois a alma-gêmea é a essência espiritual.
   A mente racional do homem separa, enquanto o coração une. O reconhecimento da alma-gêmea não está no desejo sexual que flui pelo chacra base, mas no chacra umbilical, que é a morada da alma, como uma longa fisgada. Quando se encontra a parte amada existem sentimentos indescritíveis, como o desejo de mover mundos, de entregar a alma e o coração ao amor. O amor de almas-gêmeas é um deleite dos Deuses, o conforto inesgotável do espírito. Existem sintomas físicos, como:

- Em uma conversa, perceber que a conversa flui como se as duas pessoas se conhecessem há muito tempo.
- Ao se preparar para dormir, ter a impressão da presença física da pessoa.
- Coincidências de situações na vida.
- Sensações de estar em casa e em paz ao lado da pessoa.
- Não é uma paixão, com ansiedades, inseguranças e expectativas comuns à paixão.
- Tem-se a certeza do eterno.
- Toda alma-gêmea é anunciada em sonhos.
- Existe um encanto no olhar, mesmo que a pessoa não seja bonita.
- Atração enigmática pela pessoa.
- Sente-se a presença nítida mesmo quando distante.
- Sonha-se freqüentemente com a pessoa, com impressões reais
- Tem-se a sensação de que a busca acabou, com um sentimento de felicidade.
- Geralmente, só aparece numa fase mais madura da vida;
- Sensação de fazerem parte de um todo.
- Se têm filhos, eles são belos, inteligentes e saudáveis.
- Evitam o exagero sexual, embora sintam o desejo.
- Sensação de plenitude e otimismo.
- Ficam sintonizadas mental e espiritualmente; captam situações uma da outra, mesmo a distância.
- Sensação de terem vivido as mesmas experiências e o desejo de compartilhar tudo de bom ou ruim com a pessoa.
- Existe ternura nas palavras, na voz e nos gestos.

Precauções quando se encontra alma-gêmea

- Não ouvir as vozes do mundo, sentindo-se pressionado por regras de pessoas ou da sociedade.
- Ocultar o relacionamento das pessoas acomodadas, invejosas, que minam e destroem a felicidade, pois quando se encontra a alma-gêmea até os anjos sentem inveja, pois é como se um deus estivesse amando outro.
- Ser fiel, pois ninguém é tão importante quanto o seu amor.

As afinidades
   Muitos buscam, pouco encontram. E se uma das partes renega a outra, vêm os castigos, podendo, por exemplo, levar a desencontros por séculos, não ter felicidade ou paz ao lado de ninguém mais, viver uma sensação de vazio, de saudade, de que a busca continuará, de que o bom se foi. A pessoa pode perder talentos (pois estes serviam para sinalizar a busca de sua alma-gêmea), começar a errar cada vez mais nas escolhas e perder todo o trabalho já realizado na senda da evolução, por ter agido de forma arrogante. Por isso, antes de sair procurando a alma-gêmea é importante ter certeza de que se está pronto para pagar o preço. Não acredito que uma pessoa tenha mais de uma alma-gêmea. Aceitar essa possibilidade é também se acomodar e aceitar o comum, é não querer evoluir e esperar que o parceiro se adapte às suas expectativas, é mudar de parceiro/a em atitudes sem compromisso.
   Alma-gêmea não quer dizer necessariamente que a pessoa seja linda, rica, intelectualizada, etc. As afinidades vão além disso. Às vezes existem sentimentos em comum — uma aprende com a outra sem sofrimento, têm gostos, idéias, desejos, sonhos e vontades afins. Não importa a etnia, idade, religião ou mesmo o sexo, pois alma não tem sexo e, se hoje alguém está predominantemente feminino ou masculino, pode ter tido vidas com outras formas físicas.
   As almas-gêmeas do mesmo sexo têm uma missão ainda mais árdua: enfrentar o preconceito e a hipocrisia alheia como se fosse um castigo. Mas, a partir do momento em que descobrem que só o amor eleva, os castigos acabam, pois o princípio masculino e feminino estão presentes em todos os seres.

Mudanças
   Estamos vivendo um momento muito importante, entrando na Era de Aquário e saindo da Era de Peixes, na qual as pessoas andavam como peixes em cardumes e os relacionamentos, sem fundamento na individualidade, só serviam para ajustes cármicos.
   Agora, os sinais da mudança de paradigma estão cada vez mais visíveis. Exemplo disso é o fato dos casais estarem se casando mais tarde, a valorização da escolha pessoal em detrimento dos casamentos arranjados, a maior independência da mulher e a possibilidade de separação no caso de uma escolha ruim. E justamente em função dessa mudança de paradigmas a Era de Aquário promete facilidades no encontro de alma-gêmeas. O próprio plano espiritual quer nos ajudar nessa libertação, para juntarmos forças e realizarmos o que é mais profundo dentro da verdade divina.
   Também é por isso que está aumentando a formação de grupos de almas, como por exemplo o caso de um coven, onde pessoas tentam resgatar valores acalentados no passado e que, pelas pressões da cultura de uma época, tiveram de abandonar. Num coven, restaura-se a consciência de irmandade e unidade perante um culto comum para o crescimento de todos os participantes. Por outro lado, existem os grupos de almas especiais, de pessoas altamente evoluídas, que escolhem doar o conhecimento e sabedoria aos que ainda precisam de esclarecimentos.
   Finalmente considero que, embora o anseio maior de todos seja o encontro de sua alma-gêmea, antes de empreender essa busca cada deve tomar consciência da seriedade do divino e trabalhar seu ser, estruturando sua vida para recepcionar a alma bem-amada.

DEFESA E PROTEÇÃO
   Fortalecimento individual com base na consciência das próprias forças. Descobrir "fendas" por onde entram interferências e bloqueá-los.
   Em períodos de maior vulnerabilidade, a imunidade tanto física como psíquica cai, possibilitando que interferências de energias intrusas nos prejudiquem.
   Às vezes a negatividade está no próprio ambiente, é inerente a ele, outras a própria pessoa criou, ou captou a emanada de outra pessoa, noutras podemos sofrer o ataque direcionado de forma consciente por outra pessoa, ou fonte.
   No trabalho de proteção e defesa utiliza-se as técnicas xamânicas para restaurar a imunidade, exorcizar as energias intrusas e defender contra o ataque.
   Dependendo da pessoa atacada e da natureza do ataque, às vezes também é preciso trabalhar no local em que ela fica.

DESENVOLVIMENTOS DE DONS
   Estou desenvolvendo um trabalho um pouco diferenciado em termos de astrologia. Em primeiro lugar, eu estudo o mapa astral e explico todos os porquês, em uma análise bem ligada à astrologia cármica. O próximo passo é chamada previsão (válida para 12 meses) da situação atual, ou seja, o que o ano promete para esta ou aquela área.
   A partir daí é que vem a novidade. Ao invés de mostrar o abacaxi e deixar a pessoa se virar, faço um acompanhamento de modo a transformar em positivos os maus aspectos, chamado de trabalho de desenvolvimento de dons e habilidades.
   "Eu aplico isso em minha vida e percebi que poderia ensinar aos outros. Os defeitos são a nossa missão, o nosso dom. Temos que aprender a lidar com eles e extrair o que há de bom".
   Nessa etapa, a astróloga se utiliza de recursos chamados holísticos, como projeção astral, visualização criativa, regressão, cristais, meditação, afirmações, sincronização de chacras e telepatia e ensina as pessoas a entenderem o simbolismo dos sonhos. "A pessoa não aprende a ser astrólogo, mas a orientação faz com que ela melhore e passe a se conhecer mais. É um curso sobre ela mesma".
   Como é muito pessoal, os cursos não têm duração definida. "Demoram o tempo que a pessoa achar necessário, mas em três meses já produzem grandes efeitos, transformações radicais". As sessões (sem limite de tempo) acontecem uma vez por semana, nos três períodos.

O que fazer? As respostas podem estar no céu
   Passamos a maior parte da vida trabalhando. Partindo dessa premissa, nada mais frustrante do que constatar que tudo é feito por obrigação, sem amor à profissão. Por isso, a escolha da carreira é uma decisão extremamente importante, que não se limita somente aos que vão prestar vestibular. Qualquer pessoa pode mudar o rumo de sua vida em busca da felicidade. Na hora da decisão, quanto mais subsídios melhor. E é aqui que entra a análise do mapa astral, que traz nossos dons, vocações e habilidades.
   Muita gente encara o trabalho como um sacrifício necessário para a sobrevivência e só consegue imaginar suas alegrias em termos de melhores salários ou em função da sena acumulada. Nisto há uma grande perda, porque como já dizia Kalil Gibran, "o pão assado sem amor é um pão amargo que alimenta apenas a metade da fome do homem".
   Essas metades podem ser percebidas na pessoa que acaba de fazer uma refeição e continua com fome; na que tem relacionamentos afetivos que não duram porque não satisfazem; em outras que buscam a realização em um esporte ou hobby e se decepcionam; ou naquelas que se lançam desesperadamente ao trabalho para obter conforto, segurança e uma boa aposentadoria.
   Muitas pessoas não se questionam e aceitam essas situações como obra do destino, mas se esquecem de que poderiam dar outro rumo às suas vidas se questionassem os acontecimentos. "Esse novo direcionamento não depende de nenhuma iluminação ou inspiração. É apenas um chamamento que todos nós ouvimos um dia, mas que nem sempre seguimos. Ele se chama vocação".
   Para mim, sempre existe uma atividade que tenha mais a ver com cada um de nós. Descobri-la e segui-la é uma grande contribuição para melhorarmos a sociedade em que vivemos. "Sem contar com o senso de propósito, de estarmos de acordo com aquilo que Deus nos capacitou a fazer".
   Eu saliento que todos possuem talentos que estão potencialmente latentes desde o nascimento e podem ser detectados por meio da análise do mapa astrológico, que é como um boletim escolar. "Ele serve como base, dá segurança e vai dizer em que ponto a pessoa está, onde precisa de maior ou menor esforço ou o que precisa estudar mais".
   Em minha opinião, uma vantagem é que, com esse conhecimento, as pessoas passam a respeitar mais o que comumente chama-se de acaso. Além disso, o mapa contribui para o auto-conhecimento, já que indica características e tendências da personalidade. Com ele, as mães podem entender melhor os filhos, suas potencialidades e limitações, assim como os casais podem se conhecer mais, aceitando atitudes, virtudes e defeitos um do outro.
   Mas a astrologia tem seu limite e, para explicá-lo, cito um exemplo: A sociedade já designou que meio-dia é a hora do almoço, e as pessoas estão presas a este ciclo (que simboliza o mapa astral). Se parassem para pensar que estão com fome às 11h30 se tornariam livres, sem condicionamentos, usariam o livre-arbítrio.
   "Aí é que está o limite. A liberdade vem quando, ao invés de aceitar automaticamente o que diz o mapa, a pessoa escolhe o que é melhor e reflete sobre os pontos que devem ser mudados. Nada que está ali é imutável. Ele deve ser encarado como uma forma de aperfeiçoamento".

Profissão
   A astrólogia afirma que somente os signos não podem fornecer uma resposta definitiva sobre a profissão adequada, já que há a influência de vários fatores que chegam a mudar suas características. Por isso, as listas de profissões indicadas para cada um devem ser encaradas como uma dica que não dispensa a análise do mapa, especialmente da 10ª casa: casa, que é a da vocação.
   "Não basta só saber o signo. Tem que analisar o mapa, que vai cercar as possibilidades, indicar aptidões e condições necessárias para o bem estar da pessoa, como segurança, estabilidade ou gosto pela aventura, entre outras".
   Nessa análise são levados em conta os aspectos dos planetas entre si, as oposições e o meio do cèu, por exemplo. O mapa traz os dons, a meta de vida e a vocação de cada um. "Por isso, para conseguir a realização é importante que a pessoa possa ter no trabalho o maior aproveitamento desses dons. O ideal é chegar naquilo que seja ela mesma".

REGRESSÃO A VIDAS PASSADAS
   Em nossa caminhada pela vida, nossa interação com o mundo, ora perdemos pedaços, levados por pessoas, situações ou lugares a que nos apegamos, ora pegamos sentimentos, traumas, ruidos de épocas que não fazem parte de nossa essência e que impedem o fluxo natural do nosso ser.
   A saúde só existe quando estamos em sintonia com a alma, com sua essência e seu propósito. Tudo o que interfira na nossa relação com a alma precisa ser curado para que sejamos plenos. É preciso buscar a causa quer tenha ocorrido ontem, quer se perca na noite dos tempos.
   Para alma não existe limites de tempo espaço e, só neste contexto, podemos restaurar sua integridade. Também é possível conhecer e curar o futuro. A técnica WICCA não utiliza hipnose e nem apenas traz as lembranças, mas a cura do passado e de suas repercussões no presente.

TERAPIA DOS SONHOS
   Auto conhecimento, desenvolvimento de dons, atividade onírica consciente, cura, contatos com seres deste e de outros mundos. Trabalho espiritual em sonhos.

Sonhos: ponte entre mundos
   Alguma vez em nossas vidas já nos perguntamos: Por que dormimos, por que sonhamos? Se pensarmos em termos de produtividade, de tempo linear e racionalmente, a resposta poderia ser que o cérebro aproveita o tempo livre de um descanso para recuperação das forças vitais, num entretenimento, sem nexo, por capricho, de inventar "estórinhas".

Para mim é muito mais.
   Porta para viagens entre mundos, o sono sempre intrigou o homem e, a atividade onírica mais ainda. O tempo do sono e dos sonhos. Não é um tempo perdido, um tempo inútil , o gregos o chamariam de Kairós, o tempo que se mede pela qualidade do que é nele vivido, não se desperdiça vida dormindo, pelo contrário , mesmo quando não recordamos o que ocorreu no tempo do sono ainda assim é útil.
   O sono e os sonhos não apenas restauram o equilíbrio físico, mas também espiritual , ou seja, o corpo descansa e o espírito se recarrega. Numa época em que os valores espirituais tinham maior relevância , a dedicação ao universo onírico era maior, ao ponte de ser considerado mais importante que o tempo acordado, sendo que muitas religiões desenvolveram sistemas de se lidar com sonhos, de se ter plena lembrança, ter lucidez e atuar magicamente.
   Dentro da bruxaria considera-se que a magia não ocorre sem que haja coerência entre os aspecto conscientes e inconscientes , se um lado diz sim e outro diz não. Esta coerência é avaliada de muitas formas, sonhos, atitudes, atos falhos etc.
Trabalhando com sonhos, inicialmente dentro de minha própria jornada interior , depois, partilhando com clientes e alunos e aprendendo ainda mais com eles até então, considero que não seja possível desenvolvimento espiritual sem sonhos, ou melhor sem atividade onírica.
   Por atividade onírica incluo não apenas os sonhos comuns onde imagens simbólicas estabelecem um diálogo entre aspectos consciente e inconscientes da personalidade visando seu crescimento), mas também projeções (quer dormindo quer em estados alterados de consciência) , onde é possível um deslocamento no tempo, no espaço e entre dimensões, sonhos iniciáticos, de cura e a atividade onírica subliminar semi consciente.
   Esta atividade propicia um conhecimento maior de nós mesmos , um posicionamento melhor diante da vida, auxílio do plano espiritual, contato com nosso grupo de alma, anunciando eventos e pessoas de grande relevância em nossas vidas, além de ser campo de ação da magia.
   Pode até parecer exagero, mas é premissa da magia que tudo ocorre primeiro no espírito depois na matéria.

E quem esquece dos sonhos?
   É importante ressaltar que é importante lembrar, mas quem esquece não deixou de ter atividade onírica de modo de , em algum nível a experiência preencheu sua necessidade, talvez o motivo de esquecer seja não se dar suficiente atenção, até hoje nunca aconteceu de alguém continuar não sonhando , ou não lembrando após ter começado o trabalho com sonhos.

E o que tem, a bruxaria com sonhos?
   Bruxos são treinados para atuar lucidamente em sonhos, interagir com o plano espiritual , realizar curas e buscar conhecimentos e, o que diferencia o sonho do de pessoas não treinadas é que no sonho ele é senhor da situação, tem controle sobre sua atividade onírica e, por ser capaz de transportar a consciência de uma dimensão a outra pode atuar melhor lá que no nosso mundo.

E é preciso ser bruxo para realizar estas coisas?
   Sim e não, a bruxaria lida com este assunto, outras religiões também, as xamânicas por exemplo, mas é um estágio que exige muito treinamento e algum dom.

O sonho responde? Suas mensagens são confiáveis?
   O sonho estabelece um diálogo de aspectos conscientes e inconscientes, pode responder, mas na maioria das vezes lança problemas a serem solucionados por nós . Quanto a “mentir” deve-se considerar que nem todo sonho tem conteúdo espiritual , ou traz mensagens, existem sonhos que refletem anseios, temores, compensatórios e, a menos que se saiba reconhecer não se pode tomá-los como verdade absoluta.
   Isto levanta uma outra questão, nossa cultura não habilita o homem comum a se guiar por seus sonhos, existe pouco conhecimento em símbolos, desconhece-se como reconhecer cada atividade onírica e como reagir a estas. A psicologia teve mérito de resgatar parte deste conhecimento, mas sua abordagem ficou um tanto racional demais ,visando um respaldo científico deixando escapar alguns aspecto essenciais. A atividade de sacerdotisa oniromante existe desde a Assíria e sua função não era apenas traduzir os símbolos como mensagens dos Deuses, mas de atuar conjuntamente no mundo onírico com o consultante ,mesmo porque no mundo espiritual nem tudo são flores e uma intervenção habilitada para defesa, proteção e cura se fazia necessária.

Quais seriam as experiências mais freqüentes de quem procura a oniroterapia?
   Em primeiro lugar um encontro consigo mesmo , unir as partes de si que se separaram e se direcionar. Num segundo momento a procura de nossos pares, grupos de alma, alma gêmeas e, num terceiro momento, se houver Dom , um chamado e a vontade , seguir a senda mágica e atuar desta forma no mundo onírico.

É possível encontrar alma gêmea com sonhos?
   Todos os encontros relevantes são anunciados em sonhos, o trabalho neste plano ajuda a encontrar nosso lugar no mundo e as pessoas que façam parte deste lugar. E eu já fiz isto por muita gente.

Qual a recomendação para quem queira começar?
   O trabalho precisa ser sistematizado, não existe progresso num trabalho esporádico e descompromissado, também não se deve subestimar sonhos banais, o valor de um sonho se revela muitas vezes no tempo, assim também sugiro que se releia de tempos em tempos, que se faça um esforço para recordar e registrar tudo o que foi sonhado mais do que para entender, o entendimento pode vir com o tempo e, se o interesse for maior que procure quem entenda.

TERAPIA XAMÂNICA
   Trabalhamos com o xamanismo celta para recuperação do poder pessoal, contato com a alma (senso de propósito) e a descoberta do animal de poder.
   No xamanismo consideramos que a origem de tudo o que nos afeta está no plano espiritual, de forma que, qualquer cura que não atinja este nível será sempre paliativa.
   Sendo uma religião xamânica, a Wicca utiliza as técnicas xamânicas , para re-ligar o indivíduo a sua força, poder, essência, propósito de alma e assim restaurar a saúde em diversos níveis, não apenas a do corppo, mas psicológica, afetivo-emocional, e até profissional e financeira.
   Por serem técnicas de grande impacto, costumam apresentar melhoras signifi-cativas quase que imediatas.

TREINAMENTO EM BRUXARIA
   Para participar deste treinamento é preciso uma pré-seleção, pois o Coven se torna co-responsável. É feito o desenvolvimento da personalidade mágica com acompanhamento exclusivo por iniciante, conforme a tradição.
   Seguindo a tradição, a Wicca Cia das Bruxas treina um aluno por vez, para que o treinamento leve em conta o ritmo de cada um e que cada qual possa desenvolver a sua personalidade mágica e a sua magia.
   Priorizamos a formação à informação, a verdade ao número de integrantes. Fazemos isso em honra aos antepassados que nos deixaram este legado e às divindades que nos amparam.

Primeira Iniciação:

-Técnicas de Defesa e Proteção
-Treinamento para a Segunda Iniciação
-Sonhos Lúcidos e Projeção
-Métodos de Cura
-Seres Divinos
-Criar Rituais para Sabats
-Uso de Espelho Mágico
-Altares para Deuses, Espíritos e Elementais
-Participação em Rituais de Luas Novas

Segunda Iniciação

-Contato com Seres Planetários e Estelares
-Treinamento para a Terceira Iniciação
-Criar e Projetar Formas-Pensamento
-Telepatia
-Trabalhos Psíquicos
-Bonecas Mágicas e Talismãs

Terceira Iniciação:

-Avançado
-Alta Magia
-O Funcionamento do Coven
-O Trabalho com Formação de Egrégoras
-Técnicas de Defesa de Grupo
-Preparação para o trabalho fora do círculo
-Criar seus próprios Rituais e Encantamentos
-Magia prática

   O que é a Religião Wicca?A Arte (como é chamada a religião Wicca) é uma religião de amor e alegria, também é uma religião xamânica, pois prega a existência de mundos paralelos ao nosso e a possibilidade de contato com os seres deste outros mundos , ao contrário do cristianismo não prega a felicidade unicamente após a morte.
   A simpatia pela natureza se deve a um sentimento arraigado de pertencermos a ela e não a idéia de que Deus criou a natureza para ser dominada e explorada pelo homem. Um animal é um irmão, assim como uma pedra ou uma árvore. A mulher tem um papel muito importante na Bruxaria pois como mãe ela é uma personificação da Grande Mãe Natureza.
   Devido a civilização o Homem moderno perdeu grande parte de sua conexão com a Terra, mas este não é o caso do bruxo, mesmo neste mundo mecanizado e sofisticado o Wiccanianos mantêm seu vínculo e culto a Mãe Natureza, pois reconhecem seu poder e percebem sua alma (Anima Mundi).

Filosofia
A pedra angular da Bruxaria e seu credo é:

1- Praticamos uns ritos para nos colocar em harmonia com o ritmo natural das forças naturais marcadas pelas fases da Lua e das Estações.
2- Temos consciência de que nossa inteligência nos outorga uma responsabilidade única em relação ao meio ambiente Pretendemos viver em harmonia com a Natureza, num equilíbrio ecológico e respeitando a vida dentro de um conceito evolucionário.
3- Reconhecemos um poder maior do que o detectado pela pessoa comum, tão forte que pare sobrenatural, porém que encaramos como algo que pode ser alcançado por todos.
4- Cremos num poder criativo do Universo que se manifesta através da polaridade- como masculino e feminino e, este mesmo poder reside em todas as pessoas e opera mediante a interação do masculino e feminino. Valorizamos a ambos por igual, sabendo que cada um é o apoio do outro. Valorizamos o sexo como prazer, como o símbolo e manifestação da vida .
5- Reconhecemos tanto o mundo externo como o interno ou psíquico, às vezes conhecido como mundo espiritual , O Inconsciente Coletivo, ou Planos interiores, vendo a interação entre estas duas dimensões como base para os fenômenos paranormais e exercícios mágicos. Prestamos igual atenção às duas dimensões, considerando ambas necessária para nossa realização.
6- Não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos os que nos ensinam, respeitamos os que compartilham seus conhecimentos e sabedoria e respeitamos os que valentemente se dedicam a serem mestres.
7- Consideramos que a religião, a magia e a sabedoria nos unem em nossa forma de contemplar e viver dentro do mundo e identificamos esta filosofia e visão mundial com a bruxaria o caminhos dos Wiccanianos.
8- O chamar-se bruxa/o não constitui uma bruxa, nem a herança em si, nem a coleção de títulos, graus ou iniciações. Uma bruxa pretende controlar as forças vitais dentro de si mesmo a fim de viver sabiamente, em harmonia com a Natureza e sem prejudicar ninguém.
9- Afirmamos nossa crença na vida, no progresso da evolução e no desenvolvimento do conhecimento , os quais dão significado ao Universo conhecido por nós e nosso papel dentro dele
10- Nossa única rixa com outras religiões é quanto a serem o único caminho, privando a liberdade aos demais e suprimindo outras práticas e crenças religiosas
11- Não nos preocupamos com debates sobre a história da Arte, origens e legitimidade de diferentes tradições, interessamo-nos só pelo presente e futuro.
12- Não aceitamos o conceito de mal absoluto, nem adoramos nenhuma entidade maligna.Não buscamos o poder através do sofrimento dos demais.
13- Cremos que devemos buscar dentro da Natureza para nossa saúde e bem-estar.

   Verdades e MentirasExiste uma enorme diferença o que é visível e o que a Wicca realmente é; porém, como é difícil traduzir seja em palavras ou algo perceptível e palpável, também é compreensível sua banalização, como forma de popularizar ou introduzir os interessados neste tema, mesmo que, algumas vezes, esta forma cause equívocos ou traga conseqüências negativas, pois mesmo esta é uma forma de aprender; afinal também se aprende com os próprios erros.
   Tentando dissolver as brumas que encobrem o assunto: a Wicca é o nome dado para antiga religião praticada pelos povos Celta, também conhecida como bruxaria ou a “Arte”.
   Como sua origem é européia não tem relação, exceto algumas similaridades, com práticas de povos orientais, africanos ou indígenas, muito embora coexista tranqüilamente com estas, pois respeita o que de melhor cada povo desenvolveu.
   É uma religião, filosofia e estilo de vida, transmitida por tradição oral, muito embora possuíssem escrita, os Celtas não usavam a escrita para registrar ou fixar seus procedimentos, pois consideravam que escrevendo limitavam o desenvolvimento desta religião, que tendo uma linha diretriz poderia ser maculada pelas contingências, valores, conceitos e até mesmo interesses de uma época.
   Esta falta de um código escrito possibilitou a ocorrência de duas coisas; uma muito positiva, a sua evolução e atualidade, pois tendo crescido em células familiares se desenvolveu sem grandes pretensões de atingir o grande público, mantendo também sua essência. Outra conseqüência foi que se criasse e atribuísse a Wicca conceitos, práticas que não lhe pertenciam, o que é bem óbvio para quem entende o seu cerne e sabe que muitas vezes colidem, mas que para o grande público passa imperceptível, incorporando práticas de outras tradições, talvez com intuito de completá-la, só que ela é completa.
   É difícil aceitar como positiva esta miscelânea, pois cada tradição é o substrato filosófico e espiritual de uma cultura, liga cada povo à sua Egrégora, ou melhor, explicando, quando praticamos as tradições de nosso povo reforçamos os laços de identidade cultural, vínculos com o plano espiritual correspondente e com nossos mentores. O ecletismo forma uma cultura homogênea que nivela por baixo, para ter aceitabilidade, mutila conceitos e valores de suas tradições de origem transformando-as em meras práticas para o alcance de objetivos bem distantes do conteúdo espiritual a que se destinavam primordialmente, não promovendo, portanto, nem crescimento, nem equilíbrio e nem espiritualidade.
   A propósito deste tema, esta miscelânea espiritual, o filósofo americano Ken Wilber denominou este processo de adoção seletiva de alguns valores e conceitos de uma filosofia para a sua aplicação fora de contexto, de “Boomerite” para ele este fenômeno apareceu com a geração pós guerra ( os Baby Boomers) , que pretendendo entender os valores orientais, adotaram práticas como a meditação budista buscando a iluminação e transcendência que as religiões do Ocidente não promoviam, só que desconsiderando o fato de que estas práticas vem de um contexto de valores e costumes de um povo que são impraticáveis no mundo ocidental, praticas assim fora de contexto criam um falso verniz de consciência e evolução sem desatar nós internos.
   De modo que sendo a Wicca uma tradição ocidental é uma fonte mais fácil de ser assimilada por ocidentais.
   Não que isto signifique que seja superior, ou melhor. A Wicca não é uma religião de massa, seu caminho é para os buscadores individuais que estejam dispostos a desenvolver a consciência, a identidade e a conexão com a própria alma.
   A Arte é freqüentemente associada a feitiços, ritos para a obtenção de algo, como se sua finalidade fosse exclusivamente esta, uma interpretação errônea do fato de utilizarmos materiais e o auxilio de força elemental de plantas, pedras, fogo etc. em rituais, por que desenvolvemos a capacidade de acessar a consciência presente em tudo, interagimos com ela podendo, também pedir o auxílio.
   A prática da magia é uma conseqüência de longos anos de treino para o desenvolvimento da consciência, a percepção de universos paralelos e a criação do que chamamos de personalidade mágica, um senso de identidade ampliada que suplanta a comum. Assim, a mera execução de feitiços descritos em livros ou sortilégios não são operações de magia é preciso estar habilitado para executá-las, aliás, quando se está habilitado nem é preciso executa-las.
   O desenvolvimento da percepção nos habilita a lidar com experiências de limiar ,ou “entre mundos”(momentos ou situações de transição como fases da Lua, as estações do ano e seus quartos,chamados festivais entre outros incluindo transições pessoais, fases de crescimento etc.). Esta percepção traz consigo a capacidade de avaliar com reverência o poder contido nestes momentos como portais.
   O desenvolvimento da consciência é um tanto parecido, pois através da consciência acessamos estes portais. A consciência não se forja senão com empenho, não se pula etapas, não se acessa um determinado portal com a exceção de um rito se não houver desenvolvido a consciência necessária para assimila-lo , quanto muito, o que pode acontecer é que se tenha impressões distorcidas, maculadas pela própria ignorância e dificuldade em interpretá-las, não trazendo nem crescimento, nem evolução, pelo contrário pode causar desequilíbrio psíquico, como no caso de alucinações, medos etc., resultados comuns em praticantes inexperientes que querem alçar vôos mais altos sem a devida competência.
   A personalidade mágica é o resultado de um processo de auto-transcendência e é pressuposto para que ocorra a iniciação, quando se recebe um novo nome com o qual passa a se apresentar diante do plano espiritual que o recebe como iniciando o caminho. A iniciação não é conferida pela bruxa/o mais experiente, ela é confirmada num rito onde o iniciado sela seu compromisso, mas depois da autorização do plano espiritual .
   O treinamento mágico inclui não apenas um conhecimento teórico, o desenvolvimento espiritual, o auto-conhecimento, o desenvolvimento de habilidades psíquicas, como também uma prática de desenvolvimento integral, por isso envolve assuntos tão díspares como culinária, sexualidade , uso medicinal e mágico de plantas, ervas, cristais, exercícios entre outros; acreditamos que a evolução só se dá se todos os aspectos evoluírem, pois desenvolver a mente sem desenvolver o emocional, ou psíquico e o espiritual descompassa e dissocia o indivíduo de sua natureza e ritmo e da Natureza, o desenvolvimento deve ocorrer em seus múltiplos aspectos, só se alcança outro nível quando todas as partes de si mesmo alcançaram este nível.
   Os estados alterados usados na bruxaria devem ser alcançados naturalmente, caso contrário não há desenvolvimento da consciência, mas da inconsciência.
   A Wicca também é confundida com movimentos culturais e modismos adotados pelos jovens. De um lado as novas gerações vêm de encarnações onde esta prática foi difundida, mas nascendo no contexto de hoje, os jovens podem misturar coisas que não correspondem ao estilo de vida wicca.
   Um exemplo é o uso da roupa preta símbolo de introspecção e recolhimento não é nem uniforme de bruxo, nem uma forma de ser reconhecido como tal.
   O mesmo se dá com os amuletos e pentagrama que embora possam ser de grande beleza, não são meros adornos.
   Quais são os valores wiccanos? O estilo de vida natural, vital, primordial. Acreditamos que a formação dos valores atuais tornou a alimentação artificial, os relacionamentos artificiais e papéis artificiais.
   Como no caso no essencial masculino e feminino a homogeneidade dos papéis violou a essência sob a égide de uma causa aparentemente nobre, a igualdade de direitos e deveres, perdeu-se a noção de que antes era preciso reconhecer as desigualdades. Assim como no caso do budismo Boomerite os ocidentais estavam desacostumados demais em respeitar os direitos femininos, não souberam realizar o processo de recuperação destes direitos de forma sábia, provocando profunda desorientação nos relacionamentos.
   Como wiccanos buscamos o feminino e masculino primordiais traduzidos em nossas divindades, mas reconhecemos que houve conquistas no movimento feminista, inclusive o próprio ressurgimento da Wicca , já que a imagem da bruxa, não a velha feia e má, mas a mulher madura ,dona de si e sábia condizia muito com o papel que as feministas pretendiam ter, o seriado a feiticeira dos anos 60 é uma confirmação deste fato.
   Mais tarde no movimento hippie outro valor wiccano veio à tona, a liberação sexual, com conseqüente mais liberdade no vestir e lidar com o corpo.
   Nos anos 80 a busca por formas alternativas de cura e o aparecimento do movimento ecologista, resgatou a idéia de que a Natureza e nós fazíamos parte de um grande organismo vivo Gaia (conceito de James Lovelock), que precisávamos lutar pela vida, movimento que mobilizou indivíduos em todas as nações e pressionou governantes a mudarem o enfoque da exploração de recursos, a bruxaria sempre considerou a Terra uma Deusa e sempre considerou os seres vivos colegas.
   A idéia superior e mais abrangente sobre a sacralidade do Planeta também foi tratada por Ruperti Sheldrake em Renascimento da Natureza, onde apresentava o conceito de campos mórficos (alma) de plantas e lugares,algo como uma consciência que transmitia informações a indivíduos da mesma espécie,e incentivava a que mais do que preservar ou conhecer os lugares voltássemos a realizar peregrinações e realizar rituais em locais conhecidos como sagrados, centro de força (limiares, entre mundos), para que a nossa atitude reverente agregasse ainda mais poder a estes locais, conceito que justifica todo empenho de bruxos em realizar as celebrações em locais abertos na Natureza, agradecendo e abençoando a fertilidade da Terra.
   Na Europa estes locais sagrados, os nemetons e fontes sagradas onde os druidas realizavam seus rituais deram lugar à construção de igrejas, mantendo ainda assim o seu poder. Para a bruxaria a Natureza intocada é por si só um templo, tendo a abóbada celeste como limite, idéia da prática da magia dos lugares é por que neles a energia telúrica e astral é maior, fator que colaboraria com a intenção desejada, semelhante ao que no oriente chama-se Feng Shui.
   Mas não só as florestas de carvalho possuíam a força da natureza, mas o ser humano também, em seu corpo, mais precisamente na área sexual, justamente por sua função criadora. Aí então chegamos a um dos valores wiccanos mais polêmicos, pois enquanto outras filosofias consideram o sexo e a matéria em si como inferiores ao espírito, os wiccanos consideram-na o espírito corporificado e sem uma sexualidade saudável não há desenvolvimento integral e mais, esta sexualidade integrada abarca todas as orientações. Já seria controverso atribuir poder ao feminino e a Natureza frente as filosofia patriarcais, mas a idéia de uma sexualidade sagrada, tendo o corpo como templo, com ritos envolvendo sexo, eram valores audaciosos demais e até hoje sofremos preconceitos por isto.
   Para os bruxos algo só é superior se puder abarcar ou transcender o que é inferior, nunca excluir, assim se possuímos um corpo tudo nele é natural e passível de ser um fator que contribua a nossa evolução.
   Outro valor igualmente polêmico dentro da bruxaria é a possibilidade de contato direto com as divindades, por ser uma religião xamânica e sacerdotal é pressuposto que seus praticantes se desenvolvam a fim de obter contato com plano espiritual, não há fiéis, ou seja, leigos que obtenham orientação por meio do sacerdote. Esta comunicação pode ser realizada pela via xamânica, por sonhos e ainda complementada por oráculos, presságios e observação astrológica.
   Pode parecer superstição para as mentes mais racionais ou céticas, mas para alguém com percepção ampliada é possível “ler” a vontade de Deus em tudo, por que a vida esta em perfeita comunicação com quem sabe ouvir. Daí muitos bruxos terem sido considerados profetas.
   Outro valor importante é o de respeito a crença e filosofias diferentes da nossa, não queremos converte ninguém, cada qual deve seguir o que seu entendimento considera melhor, mas que não misturemos tradições o que nos afastaria de nossa família espiritual.
   A bruxaria nunca foi “anti” alguma coisa, existe muito trabalho interno de que se ocupar para haver preocupação de se opor a algo.
   Quanto muito, nos dedicamos a escrever e esclarecer usando dos meios disponíveis para retirar as brumas que séculos de perseguições nos envolveram e que praticantes mal informados acrescentaram, resgatando o tesouro espiritual do Ocidente da marginalidade, pois cedo ou tarde, as pessoas gostarão de reencontrá-lo para saciarem sua sede de espírito.

O ChamamentoA bruxaria é o caminho de viajantes, de buscadores antigos que respondem a um chamamento interno.

   Esse chamamento se manifesta de diferentes maneiras. Pode ser através de um profundo e inexplicável interesse por História ou por Mitologia, por uma intensa necessidade religiosa e espiritual, que as crenças mais acessíveis não conseguem satisfazer, ou por uma marcada atração por livros e filmes que abordam o tema.
   Mas, talvez, o caminho mais comum que traga as pessoas à Antiga Religião seja a tentativa de compreender o medo. O medo de não sei bem o quê, misto de interesse, preconceito e curiosidade que não se consegue apagar e, embora incômodo, permanece como uma forte tentação na qual se teme cair. Esse medo também pode se manifestar através de alergias a incenso, medo de facas ou de fogo. Pode soar estranho que um chamamento venha através do medo, mas, se lembrarmos as perseguições que durante séculos os adeptos da Antiga Religião já sofreram talvez a presença do medo se torne mais compreensível.
   Existe, ainda, outro tipo de chamamento que podemos nomear como cármico. Se em outras vidas o trabalho espiritual que vinha sendo feito foi interrompido por alguma razão e permaneceu incompleto, ele retorna cobrando a finalização. É como se o tema que estava sendo trabalhado retornasse insistentemente até que o conhecimento necessário fosse alcançado.
   Há, também, chamamentos que acontecem a partir de situações inesperadas tais como sonhos ou o reencontro com parceiros de alma ou sensações de déja vu.
   Mas, seja qual for o caminho através do qual o chamamento se manifeste, sua principal característica é que, quando o acolhemos, a alma se aquieta e é inundada pelo sentimento de que, finalmente, estamos retornando para casa.
Treinamento em bruxaria para quem? Para os que estão sendo chamados.

SOBRE O COVEN
Quem pode participar?O Coven é composto pelos membros já iniciados que realizam os ritos de culto e celebração de festividades (os Sabás e Esbás), ritos de cura da Terra, Iniciações e ritos de passagem (Batizados/Casamentos).

Nosso Coven
   A Wicca Cia das Bruxas é um grupo religioso de estudos e práticas pagãs, sem fins lucrativos, mantida com os recursos de seus cursos e atendimentos.
   Seu objetivo é resgatar tradições primordiais, cultuar os Deuses, celebrar a Natureza e seus ciclos e difundir o paganismo e práticas de magia.
   As bruxas ,quando se encontram, identificam-se , reencontram o amos próprio, o senso de dignidade, respeito a si ,às irmãs, à Natureza e aos Deuses, os Caminhos florescem, a certeza aparece e a sorte flui.
   Esta é a energia de uma Egrégora positiva, sem manipulação ou interesses pessoais.
   Quando várias bruxas se reúnem com o mesmo propósito de alma, abertas ao sagrado tornam-se também sagradas perante os Deuses.
   Cada Bruxa é um tijolo que constrói o Coven, fincando suas raízes num pacto informal de cumplicidade e irmandade.
   Quando abrimos nossos braços para o abraço da Lua, nos preparamos para uma rajada de energia feminina da Deusa Mãe, quando abrimos nossas mãos em forma de Lua recebemos a Luz do Deus Pai por ela a Lua , refletida .Quanto mais coeso o grupo , mais benção recebidas dos planos divinos.
   É nesta hora então que nossas forças se unem , perdemos nossas formas tornando –nos um círculo mágico. Lembrando-nos como éramos há milênios atrás , hoje nos encontramos no mesmo local após termos trilhado o Tempo, as pedras, as lágrimas e o fogo, para encontrarmos a luz , a cor, a verdade e a nota que o Universo criou no Templo cônico para dançarmos no mesmo ritmo do tambor xamânico e do Coração de Gaia.
Assim é o nosso Coven.